Por que esses são os cinco países mais competitivos do mundo?
Relatório do Fórum Econômico Mundial aponta Brasil no 48º lugar em ranking dominado por Suíça e Cingapura
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2012 às 11h28.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h18.
São Paulo – Há quatro anos a Suíça é apontada como o país com as melhores condições de competitividade do mundo pelo Relatório de Competitividade Global 2012-2013, do Fórum Econômico Mundial. Cingapura também manteve a segunda posição. Mas o que faz esses países serem líderes em competitividade e o Brasil amargar o 48º lugar? O ranking do relatório é baseado no Índice de Competitividade Global. São abordados 12 pontos: instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária (no mesmo tópico), educação superior e capacitação (no mesmo tópico), eficiência no mercado de bens, eficiência no mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação de negócios e inovação. Nessa edição do relatório, o Brasil subiu cinco posições no ranking, passando de 53º para 48º, ainda distante dos líderes. Clique nas fotos ao lado e veja porque Suíça, Cingapura e outros foram considerados os países mais competitivos do mundo.
A Suíça manteve a primeira posição no ranking. A inovação e a eficiência do mercado de trabalho são as forças mais notáveis do país, segundo o estudo, assim como a sofisticação do seu setor de negócios. O relatório também destaca as instituições de pesquisa científica do país e a forte colaboração entre os segmentos acadêmico e de negócios. “Muito das pesquisas é traduzido em produtos e os processos são reforçados por forte proteção à propriedade intelectual”, afirma o estudo. O nível de patentes per capita da Suíça é o segundo do mundo. As empresas públicas e privadas são adaptadas às novas tecnologias e o mercado de trabalho equilibra direitos aos trabalhadores com os interesses dos empregadores, segundo o relatório. A infraestrutura do país é a 5ª melhor do mundo. A eficácia e transparência das instituições públicas também ocupa o 5º lugar. O ambiente macroeconômico é o 8º mais estável no mundo. O relatório afirma que, para o país manter sua capacidade de inovação será necessário impulsionar a inscrição nas universidades, que está atrás da de muitos países com alta inovação.
O país ficou entre os três primeiros em sete das 12 categorias, mantendo-se no segundo lugar geral. Suas instituições públicas e privadas apareceram como as melhores do mundo pelo quinto ano seguido. O país também aparece em primeiro lugar quando o assunto é eficiência nos mercados de bens e de trabalho – e ocupa o segundo lugar em termos de desenvolvimento do mercado financeiro. A infraestrutura é a segunda melhor do mundo, com destaque para “excelentes” estradas, portos e facilidades no transporte aéreo, segundo o relatório. A competitividade é reforçada pelo forte foco na educação.
A Finlândia subiu da 4ª para a 3ª posição graças a pequenas melhorias em várias áreas, segundo o estudo. Assim como outros da região, o país registra instituições que funcionam bem e são transparentes (2ª colocada na categoria). As instituições privadas (3ª) estão entre as mais éticas O país ocupa a posição mais alta quanto a saúde e educação. O foco na educação nas últimas décadas formou mão de obra com capacidade para se adaptar rapidamente a um ambiente em constante mudança, além de elevar o nível de tecnologia e inovação, segundo o relatório. O país é o segundo mais inovador da Europa, atrás apenas da Suíça. Um dos pontos sensíveis é a capacidade do país de adotar as últimas tecnologias, segmento no qual o país é o 25º do mundo. O ambiente macroeconômico não é dos melhores, mas até está bem se comparado a outras economias da União Europeia.
A Holanda passou do 7º para o 5º lugar, reflexo do contínuo fortalecimento de sua capacidade inovadora e da alta eficiência e estabilidade de seu mercado financeiro, segundo o relatório. Os negócios são considerados sofisticados (4º no mundo), inovadores (9º) e o país aproveita novas tecnologias para aumentar sua produtividade. O “excelente” sistema educacional, segundo o relatório, e a eficiência dos mercados são o suporte dos negócios. A qualidade de sua infraestrutura está entre as melhores do mundo.Apesar de o país ter registrado déficit fiscal nos últimos anos, seu ambiente macroeconômico é mais estável que o de outras avançadas economias, segundo o relatório.
O Brasil subiu cinco posições e chegou ao 48º lugar, impulsionado pelas melhorias em sua condição macroeconômica, apesar da alta inflação, segundo o relatório. A sofisticada comunidade de negócios brasileira aproveita os benefícios de um dos maiores mercados internos do mundo. Mas, apesar das facilidades, há desafios, segundo o relatório, como a confiança nos políticos, que continua baixa (a 121º do mundo), a eficiência do governo (a 111ª) a excessiva regulamentação do governo (144º) e o desperdício de recursos (135º). A infraestrutura de transportes e a qualidade da educação também podem melhorar, segundo o material. O procedimento e o tempo para iniciar um negócio também são dos mais elevados, segundo o relatório, e os impostos são vistos como muito elevados e com efeitos distorcidos.
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