Economia

Pacote deve ser implementado o quanto antes, diz Steinbruch

Para o presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, o cronograma das concessões apresentado pelo governo é conservador


	Benjamin Steinbruch, da CSN: de acordo com o empresário, três pontos básicos farão com que os investimentos 'voem' em direção ao Brasil: juro baixo, crédito e prazo
 (Exame)

Benjamin Steinbruch, da CSN: de acordo com o empresário, três pontos básicos farão com que os investimentos 'voem' em direção ao Brasil: juro baixo, crédito e prazo (Exame)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 19h05.

São Paulo - Apesar de ver com bons olhos o pacote de concessões de rodovias e ferrovias apresentado nesta quarta-feira pelo Palácio do Planalto, Benjamin Steinbruch, presidente-executivo da CSN, ressalta que as medidas chegam com atraso. Mais precavido, o empresário pondera que, por mais que aprove o discurso governamental, colocá-lo em prática parece fácil, mas não é.

"Os recursos não poderão ser encarecidos por empresas que cobram para fazer o repasse do dinheiro, com juros às vezes mais altos que os do próprio BNDES”, avaliou ao comentar as condições de financiamento do projeto, reveladas também nesta quarta pelo governo. “Além disso, os recursos precisam estar disponíveis quando as empresas precisarem”, acrescentou.

Steinbruch afirmou que, para reforçar a confiança do empresariado brasileiro e conquistar os estrangeiros, o país precisa agir rapidamente. O empresário classificou como “conservador” o cronograma apresentado pelo governo para o pacote. “O que interessa para nós empresários não é o discurso, mas a prática. Isso é fundamental para que os investimentos privados aconteçam e para atrair os investidores estrangeiros que já começaram a desconfiar do Brasil”, afirmou. “Precisamos reagir rapidamente”, frisou.

De acordo com o empresário, três pontos básicos farão com que os investimentos 'voem' em direção ao Brasil: juro baixo, crédito e prazo. Para isso, Steinbruch espera que o governo faça mais pressão sobre os bancos privados que têm recuado ante o aumento da inadimplência. “A Caixa Econômica e o Banco do Brasil sozinhos não dão conta. Mais do que pressionar, o governo precisa ganhar a confiança dos bancos privados e isso se faz com diálogo”, declarou.

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