Economia

Mercado reduz projeção para o PIB deste ano pela 10ª vez, mostra Focus

Segundo a pesquisa realizada com uma centena de economistas pelo Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 4,58% em 2021

Consumidores fazem compras em feira no Rio de Janeiro: expectativas menores para o PIB (Ricardo Moraes/Reuters)

Consumidores fazem compras em feira no Rio de Janeiro: expectativas menores para o PIB (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2021 às 09h27.

Última atualização em 20 de dezembro de 2021 às 09h40.

O mercado reduziu pela 10ª vez seguida a expectativa para o crescimento da economia brasileira neste ano, mostrou a última edição do ano do boletim Focus, divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, 20.

A nova projeção é que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 4,58% em 2021, redução significativa ante a expectativa de alta de 4,65% na semana anterior.

O resultado vem semanas depois de o PIB do terceiro trimestre apresentar queda de 0,1% ante o ano anterior, o que colocou o Brasil em recessão técnica devido a duas quedas trimestrais seguidas no PIB.

Para 2022, os analistas seguem vendo expansão econômica de apenas 0,50%, na mediana das projeções de uma centena de economistas no Focus. Individualmente, algumas casas de análise já apostam em crescimento zero no ano que vem.

Inflação

Os especialistas consultados semanalmente pelo BC ainda ajustaram o cenário para a inflação, vendo alta do IPCA, principal índice inflacionário, de 10,04% neste ano. A projeção mostra leve queda de 0,01 ponto percentual após os 10,05% na semana anterior.

Para 2022, a projeção é de alta de 5,03% no IPCA, leve alta ante 5,02% na semana anterior.

 

O IPCA para este ano e para o próximo ficam bem acima do teto da meta, que tem centro de 3,75% e margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o ano que vem o centro do objetivo é de 3,50%, com a mesma margem.

Na última métrica do IPCA, divulgada no começo do mês e referente a dezembro, a inflação mensal ficou em menos de 1%, abaixo das expectativas, o que mostra que as altas da Selic podem já estar surtindo algum efeito, embora pequeno.

Assim, a expectativa é que seja possível que a inflação caia pela metade como projetado no Focus devido às sucessivas altas na taxa básica de juros promovidas pelo Copom, do Banco Central. A última alta da Selic foi de 7,75% para 9,25% ao ano, em 8 de dezembro, e a projeção é que a taxa de juros chegue a dois dígitos já na primeira reunião do Copom no ano que vem.

No Focus desta semana, a expectativa para a Selic permaneceu a mesma, de 11,5% no fim de 2022 e queda em 2023, para 8,0%.

(Com Reuters)

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