Cotado para a Receita, Mansueto diz que ordem é de não elevar impostos
Ex-secretário da Receita, Marcos Cintra, foi exonerado após discussão sobre "nova CPMF" ir a público
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de setembro de 2019 às 09h34.
Última atualização em 13 de setembro de 2019 às 10h56.
São Paulo — O secretário do Tesouro Nacional , Mansueto Almeida, um dos nomes cotados para assumir a Receita Federal, defendeu uma reforma tributária que implique em um processo de simplificação e garantiu que, por parte do governo, não há nenhuma discussão que resulte em aumento da carga tributária.
"A diretriz básica do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes é que não iremos aumentar a carga tributária", afirmou Mansueto em entrevista à rádio CBN, quando questionado sobre como avaliava as discussões sobre esta reforma.
Na noite desta quinta-feira, 12, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, informou que Guedes pode optar por uma solução caseira para substituir Marcos Cintra no comando da Receita Federal e que o nome de Mansueto está circulando no Ministério da Economia como uma alternativa.
Pesa a favor do atual secretário do Tesouro a avaliação de que ele poderia conciliar a reforma tributária com as necessidades fiscais do País.
Na entrevista à CBN, Mansueto disse ser preciso um debate "transparente e aberto" com o Congresso sobre o tema, acrescentando que é necessária a racionalização do sistema tributário e que isso passa, por exemplo, pela unificação de impostos indiretos.
Quando perguntado sobre a ideia de recriar um tributo semelhante à CPMF, que teria sido uma das razões para a demissão de Cintra, afirmou que o debate também esteve relacionado a redução de outros impostos, como os tributos sobre a folha de pagamentos. Mas ponderou que o tema foi jogado mais como uma questão para discussão do que como uma proposta. "Nunca se cogitou aumentar carga tributária".