As contas do governo federal registraram um déficit de R$ 105,2 bilhões no acumulado entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira, 7. O número representa um aumento de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 94,3 bilhões.

O Tesouro Nacional não divulgou a série histórica completa dos resultados, pois servidores do órgão estão em greve, reivindicando a correção de assimetrias salariais em comparação com carreiras de mesma complexidade. A falta de dados completos pode dificultar a análise precisa da evolução das contas públicas.

Superávit do Tesouro e déficit na Previdência

O resultado é influenciado por um superávit de R$ 160,6 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central, enquanto a Previdência Social (RGPS) registrou um déficit de R$ 265,8 bilhões. Esses fatores combinados foram determinantes para o saldo negativo no resultado do governo federal até setembro.

Entre janeiro e setembro, a receita líquida teve crescimento de 6,4% (+R$ 94,2 bilhões), enquanto a despesa cresceu 6,5% (+R$ 101,4 bilhões), ambos descontados pela inflação.

O ministério destaca que o aumento das despesas é atribuído à elevação dos pagamentos das Despesas do Poder Executivo Sujeitas à Programação Financeira (+R$ 28,8 bilhões). Adicionalmente, os gastos com benefícios previdenciários (+R$ 24,5 bilhões) e com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) (+R$ 11,6 bilhões) também contribuíram para o aumento das despesas.