Economia

Governo define preço mínimo para vender fatia da Eletrobras

O Conselho Nacional de Desestatização aprovou as condições da desestatização da distribuidora de energia Celg, que atende o Estado de Goiás


	Celg D: processo de desestatização se dará pela venda das ações ordinárias da Eletrobras, que representam cerca de 50,93 por cento do capital total da Celg-D
 (Reprodução)

Celg D: processo de desestatização se dará pela venda das ações ordinárias da Eletrobras, que representam cerca de 50,93 por cento do capital total da Celg-D (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 20h17.

São Paulo - O Conselho Nacional de Desestatização (CND) aprovou as condições da desestatização da distribuidora de energia Celg, que atende o Estado de Goiás, e definiu que o valor mínimo de venda das ações detidas pela estatal Eletrobras na empresa será de 1,427 bilhão de reais, incluído o valor referente à oferta aos empregados e aposentados.

O processo de desestatização se dará pela venda das ações ordinárias da Eletrobras, que representam cerca de 50,93 por cento do capital total da Celg-D.

Em nota a clientes nesta quinta-feira, a mesa de negócios do Credit Suisse apontou que o valor é "mais baixo que o antecipado, mas ainda parece alto". 

O banco disse que "pode haver competição" pelo ativo nessa faixa de preço, mas ressalta que "o espaço para criação de valor para um potencial comprador caiu bastante, o que pode vir a decepcionar alguns players interessados, como a Equatorial".

Uma fonte afirmou à Reuters no final de outubro que a Eletrobras esperava arrecadar até 5 bilhões de reais no negócio. A intenção de vender a distribuidora tem chamado atenção do mercado, mas os primeiros valores especulados para a operação foram considerados elevados por Equatorial Energia e CPFL, duas das maiores interessadas.

De acordo com resolução do CND publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, no âmbito do processo de venda também poderão ser vendidos total ou parcialmente os papéis da Celg em posse da CelgPar, controlada pelo Estado de Goiás, que tem 49 por cento das ações da distribuidora. Os lotes de ações que serão ofertados serão definidos pelo edital de desestatização da Celg.

"No caso de oferta de mais de um lote de ações a aquisição deverá ser efetuada em sua totalidade pelo(s) mesmo(s) comprador(es)", fixa a resolução do CND.

Caso sejam vendidas apenas as ações da Celg de titularidade da Eletrobras, o preço mínimo de cada ação em leilão será de 18,63 reais. Nessa hipótese, deverão ser ofertadas 75.355.789 ações de posse da Eletrobras.

Os outros 1.405.478 papéis serão ofertados aos empregados e aposentados da Celg, ao preço de 16,77 reais por ação.

Caso a CelgPar decida vender todas as suas ações na Celg em conjunto com a Eletrobras, o preço mínimo de cada ação da distribuidora detida por Eletrobras e Celgpar será de 18,69 reais, totalizando 2,8 bilhões de reais, incluindo os cerca de 129 milhões de reais da oferta aos empregados e aposentados.

Audiência pública será realizada a respeito do processo de desestatização, segundo a resolução do Conselho, enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverão dar aval à operação.

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