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Foz do Amazonas: Alcolumbre se reúne com presidente da Petrobras e diz que Ibama 'boicota país'

Senador esteve com governador do Amapá, Clécio Luis, e o colega Randolfe Rodrigues na presidência da Petrobras

Petrobras: discussão sobre exploração de petróleo na Foz do Amazonas em meio a críticas ao Ibama (Lucas Ninno/Getty Images)

Petrobras: discussão sobre exploração de petróleo na Foz do Amazonas em meio a críticas ao Ibama (Lucas Ninno/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 1 de novembro de 2024 às 19h56.

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Dois dias após o Ibama solicitar mais esclarecimentos à Petrobras sobre a proposta de mitigação de riscos ambientais na Foz do Amazonas, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) se reuniu com a presidente da estatal, Magda Chambriard, e fez duras críticas ao órgão ambiental.

Alcolumbre acusa Ibama de "boicote"

“Não é uma questão técnica que isso já passou há muito tempo de ser uma questão técnica. É claro o boicote contra o Brasil, o que estão fazendo”, afirmou Alcolumbre ao Globo, após o encontro. Estavam presentes o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e o governador do Amapá, Clécio Luis (Solidariedade), em reunião realizada na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.

Durante o encontro, Chambriard expressou apoio ao avanço na exploração do petróleo, uma medida defendida pelos políticos da região. Ela declarou que a Petrobras está pronta para fornecer os dados adicionais solicitados pelo Ibama e dar continuidade ao projeto.

Petrobras prepara-se para fornecer dados ao Ibama

Na última terça-feira, Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, pediu mais informações à Petrobras para complementar a proposta de mitigação de riscos ambientais. A licença de perfuração é essencial para que a estatal possa estudar a viabilidade de produção na Margem Equatorial, uma área que desperta grande interesse para investimentos.

Segundo especialistas do Ibama, as informações fornecidas pela Petrobras até agora são insuficientes, dificultando a concessão da licença. Recentemente, um parecer assinado por 26 técnicos recomendou manter a negativa à emissão da licença, enfatizando a necessidade de mais dados.

— Há uma aposta muito grande do mundo e da Petrobras de que aquela área é uma área rica em petróleo, não à toa que eles chamam de o segundo pré-sal — afirmou o governador Clécio.

Segurança ambiental é ponto de impasse

O órgão ambiental busca mais detalhes sobre a base de recuperação de fauna em caso de vazamento de óleo em Oiapoque (AM), a 160 quilômetros da área de exploração. Nesta fase, está em análise a licença de perfuração, que busca comprovar a viabilidade econômica da produção na região.

Em seu parecer, os técnicos do Ibama mencionam que as revisões dos planos ambientais da Petrobras não apresentam uma “alternativa viável” que mitigue satisfatoriamente o impacto em caso de acidente ambiental.

“O Ibama tem o seu papel; é um órgão técnico. Agora, nós também não queremos aceitar que, sob o rótulo técnico, se esconda uma posição política”, declarou Randolfe, sinalizando preocupação com o impacto político da decisão.

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