Economia

EUA querem proibir software e hardware chineses em veículos conectados, dizem fontes

Medida é uma escalada significativa nas restrições em andamento dos Estados Unidos sobre componentes da China

Yaun Pro, carro da fabricante chinesa BYD (Divulgação/Divulgação)

Yaun Pro, carro da fabricante chinesa BYD (Divulgação/Divulgação)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 22 de setembro de 2024 às 12h36.

Última atualização em 22 de setembro de 2024 às 12h37.

O Departamento de Comércio dos EUA deve propor na segunda-feira, 22,  a proibição de software e hardware chineses em veículos conectados e autônomos devido a preocupações com a segurança nacional, disseram fontes à agência Reuters.

O governo Biden levantou sérias preocupações sobre a coleta de dados por empresas chinesas tendo motoristas e infraestrutura dos EUA como alvos, bem como a potencial manipulação estrangeira de veículos conectados à internet e a sistemas de navegação.

O regulamento proposto pelo Executivo americano proibiria a importação e venda de veículos da China com software ou hardware de comunicação ou sistema de direção automatizado. As proibições incluiriam veículos com certos recursos de bluetooth, satélite e sem fio, bem como veículos altamente autônomos que poderiam operar sem um motorista ao volante.

Escalada significativa

A medida é uma escalada significativa nas restrições em andamento dos Estados Unidos sobre veículos, software e componentes chineses. Na semana passada, o governo Biden determinou aumentos acentuados de tarifas sobre importações chinesas, incluindo uma taxa de 100% sobre veículos elétricos, bem como novos aumentos sobre baterias de EV e minerais essenciais.

A Secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, disse em maio que os riscos de software ou hardware chinês em veículos conectados dos EUA eram significativos.

- Você pode imaginar o resultado catastrófico se você tivesse alguns milhões de carros na estrada e o software fosse desativado - disse ela.

As proibições poderiam se estender a outros adversários estrangeiros dos EUA, incluindo a Rússia.

Biden ordenou em fevereiro uma investigação sobre se as importações de veículos chineses representam riscos à segurança nacional com a tecnologia de carros conectados - e se esses software e hardware devem ser proibidos em todos os veículos nas estradas dos EUA.

O Departamento de Comércio planeja tornar as proibições de software efetivas em 2027. A proibição de hardware entraria em vigor em janeiro de 2029.

Um grupo bipartidário de legisladores dos EUA em novembro alertou sobre empresas chinesas de automóveis e tecnologia coletando e manipulando dados confidenciais enquanto testavam veículos autônomos nos Estados Unidos.

As montadoras observaram que seus sistemas "passam por extensos processos de engenharia, testes e validação de pré-produção e, em geral, não podem ser facilmente trocados por sistemas ou componentes de um fornecedor diferente".

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