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Estender auxílio emergencial será decisão política, diz Bruno Funchal

Segundo secretário do Tesouro, até o final de agosto já haverá a decisão se o repasse de R$ 600 será ou não ampliado por mais tempo

Bruno Funchal: se a equipe econômica observar que a atividade já está voltando à situação de normalidade, "certamente" a necessidade de extensão do auxílio será "muito menor" (Edu Andrade/Ascom/ME/Divulgação)
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Clara Cerioni

Publicado em 7 de agosto de 2020 às 10h13.

Última atualização em 7 de agosto de 2020 às 10h16.

A decisão sobre eventual extensão do auxílio emergencial será política, afirmou nesta quinta-feira, 6, o secretário do Tesouro,BrunoFunchal, acrescentando que a ampliação ou não será tomada ao longo de agosto.

"Certamente, a dimensão dessa necessidade é muito menor do que era lá em março", afirmou ele, em live promovida pelo Jota.

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Atualmente, o benefício é de 600 reais e, após ter sido estendido por mais dois meses, irá cobrir o período de abril a agosto por um custo de 254,4 bilhões de reais — medida de maior impacto fiscal do governo para o enfrentamento à crise do coronavírus.

Segundo Funchal, se a equipe econômica observar que a atividade já está voltando à situação de normalidade, "certamente" a necessidade de extensão do auxílio será "muito menor".

"Enquanto houver pandemia e enquanto a gente estiver numa situação de necessidade, a gente precisa avaliar", completou.

Receitas

O secretário do Tesouro também afirmou acreditar que as receitas dos Estados em 2021 estarão no mesmo nível de 2019, mencionando que os dados para o mês de julho deste ano já estão "no zero a zero" em comparação aos números do mesmo período no ano anterior.

Funchal também disse não prever um eventual quadro fiscal de "quebradeira" dos Estados neste ano, em razão principalmente do congelamento salarial de servidores, que se estende até o fim de 2021.

"Agora, os problemas que existiam antes da pandemia, eles vão continuar existindo. Eu não acho que vão piorar muito por conta da pandemia, acho que não, mas problemas passados vão continuar existindo, e a gente precisa de soluções estruturais para isso", explicou.

Ainda no que diz respeito aos Estados, de acordo com ele, o mês de abril foi o pior em termos de queda da arrecadação, com retorno dos níveis, de forma sucessiva, a partir do mês de maio.

"Hoje, se a gente for analisar, a perda de arrecadação dos Estados, se a gente olha para o ano inteiro, deve estar uma coisa em torno de 4%,5% de queda", explicou.

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