Economia

Consumo na América Latina crescerá em 2025, mas será mais seletivo, diz Ipsos

Estudo destaca a busca por marcas que representem valores pessoais e ofereçam segurança no consumo

América Latina: hábitos de consumo em transformação com previsões de crescimento econômico (Leandro Fonseca/Exame)

América Latina: hábitos de consumo em transformação com previsões de crescimento econômico (Leandro Fonseca/Exame)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 22h57.

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A previsão de crescimento das economias latino-americanas e o controle da inflação indicam um aumento no consumo em 2025. No entanto, os consumidores serão mais seletivos, priorizando marcas que ofereçam segurança e representem seus valores, segundo a multinacional de pesquisas Ipsos.

“Na América Latina, tendemos a ver o copo meio vazio, mas a situação não é tão ruim, podemos começar a ver o copo meio cheio”, destacou Jean-Christophe Salles, CEO da Ipsos na região, durante um seminário que analisou os padrões de consumo no continente.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada às Nações Unidas, projeta um crescimento econômico de 1,8% para 2024 e 2,3% para 2025.

Desafios sociais e impacto no consumo

Apesar do otimismo econômico, a Ipsos alerta para preocupações crescentes com **desigualdade** e desemprego, o que tem levado consumidores a comparar produtos entre empresas e buscar a “melhor opção”. O estudo aponta que 69% dos latino-americanos escolhem marcas que refletem seus valores, enquanto 83% confiam mais em novos produtos oferecidos por marcas conhecidas.
Em relação ao contexto social, Salles destacou que o crime e a violência, preocupações principais de 48% da população, influenciam os hábitos de consumo, limitando horários e locais para compras.

A Geração Z e a tecnologia

Outro fator de transformação no consumo será o envelhecimento populacional. Nos próximos anos, a Geração Z, nascida entre 1997 e 2010, ganhará relevância. Essa geração, considerada a primeira “global e digital”, traz à tona o papel crescente da tecnologia na América Latina, região descrita como “muito mais aberta à tecnologia” por Salles.

As mudanças nos padrões de consumo são impulsionadas por questões econômicas e sociais, mostrando a importância de marcas alinhadas aos valores dos consumidores e à evolução tecnológica.

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