Economia

Comércio cai 0,3% em agosto, com queda nas vendas de artigos de uso pessoal e doméstico

Resultado, próximo da estabilidade, veio acima do esperado pelos economistas, que calculavam queda de 0,6%

Agência o Globo
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Publicado em 10 de outubro de 2024 às 09h51.

Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 09h55.

As vendas do comércio brasileiro caíram 0,3% em agosto, após subirem 0,6% no mês anterior. O número foi puxado por uma queda nas vendas de artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9%) e veio acima do esperado pelos economistas, que calculavam queda de 0,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira.

  • Neste ano, o varejo acumula alta de 5,1%
  • Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 4,0%
  • Já na comparação com agosto de 2023, o setor cresceu 3,1%

O setor vinha crescendo nos primeiros cinco meses do ano, quando chegou ao maior patamar da série histórica, em maio. Em junho, houve leve queda, com leve recuperação em julho. Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa, embora o resultado seja negativo, ele representa estabilidade e não altera o cenário positivo do varejo no ano.

"A variação negativa de 0,3% no comércio varejista em agosto demonstra uma estabilidade, após o crescimento de 0,6% em julho. O comportamento do comércio em 2024 ainda é positivo, apenas em junho tivemos resultado efetivamente negativo (-0,9%). O aspecto negativo do resultado de agosto é o fato de quatro das oito atividades pesquisadas terem registrado queda significativa, três ficarem estáveis e só uma ter apresentado alta", explica.

Desde o primeiro semestre deste ano, o consumo das famílias vinha sendo favorecido pelo contexto de crescimento econômico, cenário que se intensificou em julho, quando o o crédito à pessoa física, que tinha caído, voltou a crescer, assim como o número de pessoas ocupadas, e consequentemente a maior renda da população, que também tiveram aumento.

Porém, esses resultados positivos contribuíram para um aumento dos juros, já que o Banco Central (BC) se viu pressionado a subir a Selic (taxa básica de juros) na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro. Por isso, para os economistas, o cenário econômico deve dar uma desacelerada neste segundo semestre.

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