Economia

Cármen dá 48h para União responder pedido de estados sobre fundo

Ação questiona a reclassificação de receita que integra Fundo de Participação dos Estados, que antecedeu prejuízo de R$ 14 bi nos últimos 5 anos

Cármen Lúcia, do STF: Ação é encabeçada por Minas, e assinada por Piauí, Acre, Maranhão, Paraíba, Rondônia, Distrito Federal, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte, Amapá e Ceará (Adriano Machado/Reuters)

Cármen Lúcia, do STF: Ação é encabeçada por Minas, e assinada por Piauí, Acre, Maranhão, Paraíba, Rondônia, Distrito Federal, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte, Amapá e Ceará (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de julho de 2018 às 22h47.

Última atualização em 13 de julho de 2018 às 22h52.

Brasília - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, deu prazo de 48 horas nesta sexta-feira, 13, para a União se manifestar sobre alegações de doze Estados e do Distrito Federal, que entraram com ação na Corte para que a União franqueie o acesso aos sistemas informatizados que tratam do controle do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

A ação é encabeçada por Minas Gerais, e assinada também por Piauí, Acre, Maranhão, Paraíba, Rondônia, Distrito Federal, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte, Amapá e Ceará. Os Estados questionam a reclassificação de receita que integra o FPE, principalmente as advindas de programas de parcelamento (Refis). Estimam que isso tenha causado um prejuízo de R$ 14 bilhões nos últimos cinco anos.

Alegam também que a União recebe, por meio do Refis, impostos que devem ser repartidos com os Estados, como Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Foram apresentadas duas ações: uma pedindo a prestação de contas que mostrem como foram feitas as reclassificações de receitas provenientes de Refis nos últimos cinco anos, assim como os cálculos para repasses aos Estados. Outra ação pede que os Estados possam acessar os sistemas da União para controlar os dados futuros do FPE.

Cármen pediu que a União se manifeste sobre a segunda ação. A de prestação de contas ainda não chegou as mãos da ministra, de acordo com o andamento processual. A presidente é responsável por despachar sobre pedidos que chegam à Corte durante o recesso, que dura todo o mês de julho. O relator da ação é o ministro Ricardo Lewandowski.

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