BCE mantém política monetária mas se diz disposto a "atuar"
"Nossa política monetária é eficaz", justificou, ressaltando que a falta de mudanças na conjuntura não coloca em dúvida sua "vontade ou capacidade de atuar"
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2016 às 14h29.
O Banco Central Europeu ( BCE ) deixou inalterada sua taxa de juros nesta quinta-feira porque, nas palavras de seu presidente, Mario Draghi, sua política monetária "é eficaz", sem que isto ponha em dúvida sua "vontade ou capacidade de atuar", caso seja necessário.
"Até o momento não há mudanças suficientemente importantes para justificar uma ação (do BCE)", disse Draghi em coletiva de imprensa.
"Nossa política monetária é eficaz", justificou, ressaltando que a falta de mudanças na conjuntura não coloca em dúvida sua "vontade ou capacidade de atuar" se for necessário.
Ao fim da reunião regular de política monetária o Conselho de Governadores deixou nesta quinta-feira sua principal taxa de juros em 0%, sua taxa de crédito marginal em 0,25% e sua taxa de depósitos em -0,40%.
O BCE também não modificou o nível de compras de seu programa de flexibilização monetária, chamado QE (Quantitative easing).
A entidade prevê continuar a compra maciça de dívida nos mercados em cerca de 80 bilhões de euros por mês "até março de 2017, ou além disso se necessário", disse o porta-voz.
Statu quo
Os analistas antecipavam esse statu quo monetário dados os indicadores econômicos que eram "muito pouco conclusivas para justificar nova ação", explicou Carsten Brzeski, economista-chefe da ING-Diba.
Nenhum economista apostava em um novo corte dos juros, que já se encontram em seu mais baixo patamar histórico, e antecipavam uma nova extensão do programa QE lançado em março de 2015.
Essa medida é percebida como uma maneira de acalmar os mercados sobre o caráter duradouro do apoio do BCE à economia da zona do euro , quando a inflação se mantém muito baixa, em 0,2% em agosto, longe da meta do BCE de uma evolução de preços perto de 2%.
Ritmo moderado
Draghi também apresentou as novas previsões trimestrais de crescimento e inflação, as primeiras desde o voto na Grã Bretanha a favor de uma saída da União Europeia, no final de junho.
O PIB da zona do euro deverá se expandir em 1,7% em 2016, uma pequena revisão em alta, de um décimo em relação ao junho anterior.
A economia europeia crescerá apenas 1,6% em 2017 e em 2018, contra 1,7% estimado previamente, detalhou Draghi em coletiva de imprensa.
Em junho, durante o anúncio das últimas previsões macroeconômicas, o BCE se mostrou mais otimista para 2016 e havia revisado em baixa suas expectativas para 2017 e 2018.
O BCE continua esperando uma recuperação econômica "a um ritmo moderado porém constante" apesar de alguns riscos, disse Draghi ao fim da reunião da política monetária do conselho de governadores do banco.
No que diz respeito às previsões de inflações, inalteradas em relação à junho, os preços na zona do euro subirão 0,2% em 2016, 1,2% em 2017 e 1,6% em 2018.
A evolução dos preços ainda está, contudo, longe da meta de 2% fixada pelo BCE.
Considerando esses indicadores que o Conselho de Governadores adota suas decisões de política monetária.
"O BCE já fez muito, já não pode fazer quase nada", estimou Johannes Gareis do banco Natixis. "É preciso guardar munições" em caso de a situação piorar muito até o final do ano, acrescentou.
Holger Schmieding, da Berenberg, acredita que o BCE esperará sua reunião de dezembro antes de atuar, já que até lá "terá uma ideia bastante clara do impacto a médio prazo do Brexit".
As eleições americanas e o referendo constitucional na Itália em novembro, que poderão provocar a queda do chefe de governo Matteo Renzi, são dois "fatores de risco" que deveriam alimentar a ideia de esperar até dezembro para agir.
O Banco Central Europeu ( BCE ) deixou inalterada sua taxa de juros nesta quinta-feira porque, nas palavras de seu presidente, Mario Draghi, sua política monetária "é eficaz", sem que isto ponha em dúvida sua "vontade ou capacidade de atuar", caso seja necessário.
"Até o momento não há mudanças suficientemente importantes para justificar uma ação (do BCE)", disse Draghi em coletiva de imprensa.
"Nossa política monetária é eficaz", justificou, ressaltando que a falta de mudanças na conjuntura não coloca em dúvida sua "vontade ou capacidade de atuar" se for necessário.
Ao fim da reunião regular de política monetária o Conselho de Governadores deixou nesta quinta-feira sua principal taxa de juros em 0%, sua taxa de crédito marginal em 0,25% e sua taxa de depósitos em -0,40%.
O BCE também não modificou o nível de compras de seu programa de flexibilização monetária, chamado QE (Quantitative easing).
A entidade prevê continuar a compra maciça de dívida nos mercados em cerca de 80 bilhões de euros por mês "até março de 2017, ou além disso se necessário", disse o porta-voz.
Statu quo
Os analistas antecipavam esse statu quo monetário dados os indicadores econômicos que eram "muito pouco conclusivas para justificar nova ação", explicou Carsten Brzeski, economista-chefe da ING-Diba.
Nenhum economista apostava em um novo corte dos juros, que já se encontram em seu mais baixo patamar histórico, e antecipavam uma nova extensão do programa QE lançado em março de 2015.
Essa medida é percebida como uma maneira de acalmar os mercados sobre o caráter duradouro do apoio do BCE à economia da zona do euro , quando a inflação se mantém muito baixa, em 0,2% em agosto, longe da meta do BCE de uma evolução de preços perto de 2%.
Ritmo moderado
Draghi também apresentou as novas previsões trimestrais de crescimento e inflação, as primeiras desde o voto na Grã Bretanha a favor de uma saída da União Europeia, no final de junho.
O PIB da zona do euro deverá se expandir em 1,7% em 2016, uma pequena revisão em alta, de um décimo em relação ao junho anterior.
A economia europeia crescerá apenas 1,6% em 2017 e em 2018, contra 1,7% estimado previamente, detalhou Draghi em coletiva de imprensa.
Em junho, durante o anúncio das últimas previsões macroeconômicas, o BCE se mostrou mais otimista para 2016 e havia revisado em baixa suas expectativas para 2017 e 2018.
O BCE continua esperando uma recuperação econômica "a um ritmo moderado porém constante" apesar de alguns riscos, disse Draghi ao fim da reunião da política monetária do conselho de governadores do banco.
No que diz respeito às previsões de inflações, inalteradas em relação à junho, os preços na zona do euro subirão 0,2% em 2016, 1,2% em 2017 e 1,6% em 2018.
A evolução dos preços ainda está, contudo, longe da meta de 2% fixada pelo BCE.
Considerando esses indicadores que o Conselho de Governadores adota suas decisões de política monetária.
"O BCE já fez muito, já não pode fazer quase nada", estimou Johannes Gareis do banco Natixis. "É preciso guardar munições" em caso de a situação piorar muito até o final do ano, acrescentou.
Holger Schmieding, da Berenberg, acredita que o BCE esperará sua reunião de dezembro antes de atuar, já que até lá "terá uma ideia bastante clara do impacto a médio prazo do Brexit".
As eleições americanas e o referendo constitucional na Itália em novembro, que poderão provocar a queda do chefe de governo Matteo Renzi, são dois "fatores de risco" que deveriam alimentar a ideia de esperar até dezembro para agir.