Economia

Banco central da China corta taxa de juros de curto prazo e sugere alteração nas principais taxas

A decisão foi vista como um sinal de que uma das maiores economias do mundo irá realizar mais estímulos monetários para impulsionar a recuperação econômica

China: Essa é a primeira redução na taxa desde agosto de 2022 (Bloomberg/Bloomberg)

China: Essa é a primeira redução na taxa desde agosto de 2022 (Bloomberg/Bloomberg)

Publicado em 13 de junho de 2023 às 07h40.

Última atualização em 13 de junho de 2023 às 17h49.

O Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) cortou uma de suas taxas de juros nesta terça-feira, 13, medida que pode levar para baixo as taxas de referência de empréstimos - conhecidas como LPRs -, já que a segunda maior economia do mundo mostrou mais sinais de arrefecimento. A decisão sobre as principais taxas será divulgada na terça-feira, 20.

O PBoC injetou 2 bilhões de yuans (US$ 279,9 milhões) em liquidez no mercado financeiro por meio do acordo de recompra reversa de sete dias, a uma taxa de juros de 1,9%, abaixo da taxa anterior de 2%. Essa é a primeira redução na taxa desde agosto de 2022.

A decisão foi vista como um sinal de que uma das maiores economias do mundo irá realizar mais estímulos monetários para impulsionar a recuperação econômica. Espera-se que o banco central chinês reduza a taxa de empréstimo de um ano e que os bancos diminuam suas taxas de empréstimo em seguida.

Banco intensifica ajustes anticíclicos

A medida ocorre depois que o presidente do PBoC, Yi Gang, disse na semana passada que o banco central intensificará os ajustes "anticíclicos" e reduzirá ainda mais os custos de financiamento para a economia. Dados econômicos recentes mostraram que a recuperação da pandemia na China perdeu força sem estímulos do governo, após uma forte recuperação no início deste ano.

Os recentes cortes nas taxas de depósito pelos bancos comerciais chineses também tornaram mais provável um corte na taxa básica de juros neste mês, já que o corte nas taxas de depósito pode levar a um aperto menor nas margens de juros dos credores, dizem economistas.

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