Economia

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

No acumulado do ano o resultado também é recorde e totalizou R$ 1,731 trilhão, um aumento real de 9,47% na comparação com o mesmo período do ano passado

Ministério da Fazenda: apesar do recorde de arrecadação, despesas públicas também crescem em ritmo acelerado e pressionam as contas públicas (Leandro Fonseca/Exame)

Ministério da Fazenda: apesar do recorde de arrecadação, despesas públicas também crescem em ritmo acelerado e pressionam as contas públicas (Leandro Fonseca/Exame)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 19 de setembro de 2024 às 10h30.

Tudo sobreMinistério da Fazenda
Saiba mais

A arrecadação de impostos e contribuições federais registrou alta real de 11,95% em agosto e totalizou R$ 201,622 bilhões, segundo dados divulgados quinta-feira, 19, pela Receita Federal. O resultado é maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995. 

De janeiro a agosto o resultado também é recorde e totalizou R$ 1,731 trilhão, um aumento real de 9,47% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo a Receita Federal quatro fatores explicam o crescimento da arrecadação:

  • Crescimento da arrecadação decorrente da tributação de fundos de investimentos;
  • Melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins em razão da tributação de combustíveis;
  • Desempenho do Imposto de Importação e do IPI vinculado à importação; e
  • Recolhimentos R$ 7,4 bilhões em atualização de bens e direitos no exterior  na arrecadação do IRPF.

Além disso, o governo aprovou medidas no Congresso Nacional para reduzir a concessão de benefícios e incentivos fiscais. Entre as mais significativas estão mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados e a retomada do voto de desempate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Arrecadação aumenta, mas despesas também crescem

A arrecadação em 2024 tem crescido significativamente após o governo aprovar no Congresso diversas medidas para acabar com benefícios fiscais ou isenções. Entretanto, o ritmo de crescimento da despesa pública tem sido significativo.

O reajuste real do salário mínimo, que afeta pagamentos de benefícios previdenciários e trabalhistas, e a concessão de reajustes para servidores públicos explicam parte significativa do aumento das despesas públicas.

Acompanhe tudo sobre:receita-federalImpostosMinistério da Fazenda

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto