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Após 10 anos de alta, consumo começa a ceder, diz BCG

72% dos consumidores pretendem cortar os gastos com supérfluos e maior parte das categorias de produtos registra queda, segundo o BCG

Consumidores fazem compras em São Paulo: os estímulos não são mais o bastante para impulsionar a economia do país (Lela Beltrão)

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 10h01.

São Paulo - O emprego e os salários não foram muito afetados, pelo menos por enquanto, mas o novo cenário da economia brasileira já está mexendo com o consumo das famílias.

72% planejam cortar gastos em supérfluos, comparado com 66% em 2013, de acordo com uma nova pesquisa do BCG ( Boston Consulting Group ) com um universo de 2 mil pessoas que reflete os dados do censo.

O endividamento também caiu, reflexo de uma maior precaução e da aversão ao pagamento de juros - que chegaram ao nível mais alto em mais de 2 anos. Tirando dívidas em carros, todos os empréstimos diminuíram em relação ao ano anterior.

O mesmo aconteceu com a maior parte das categorias de produtos. Em 2014, os brasileiros gastaram menos em alimentação não-saudável - como congelados e enlatados - e mais em alimentos frescos e naturais.

Houve queda no consumo de bens de luxo e acessórios e no crédito para roupas e sapatos ao mesmo tempo em que o gasto aumentou em produtos para casa, cuidados com bebê e viagens, entre outros.

"Dada à desaceleração dos gastos, as empresas devem estar preparadas para uma competição mais intensa", diz Olavo Cunha, sócio do escritório de São Paulo do BCG e líder da equipe de pesquisa.

De acordo com a Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a intenção de consumo das famílias nunca foi tão baixa desde que a medição começou em 2010.

A intenção de compra no Natal caiu 9% este ano e piorou em todas as classes sociais, segundo a consultoria Hello Research.

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Houve queda no consumo de bens de luxo e acessórios e no crédito para roupas e sapatos ao mesmo tempo em que o gasto aumentou em produtos para casa, cuidados com bebê e viagens, entre outros.

"Dada à desaceleração dos gastos, as empresas devem estar preparadas para uma competição mais intensa", diz Olavo Cunha, sócio do escritório de São Paulo do BCG e líder da equipe de pesquisa.

De acordo com a Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a intenção de consumo das famílias nunca foi tão baixa desde que a medição começou em 2010.

A intenção de compra no Natal caiu 9% este ano e piorou em todas as classes sociais, segundo a consultoria Hello Research.

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