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Alta de juros nos EUA pode afetar emergentes, diz Lagarde

A redução da confiança nas tomadas de decisões da China tem alimentado a cautela dos investidores em relação à desaceleração da economia

Diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde (Charles Platiau/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 14h13.

Paris - Novas altas de juros pelo Federal Reserve , banco central norte-americano, devem ser graduais ou poderiam afetar as já frágeis economias emergentes, onde muitas empresas tomam emprestado em dólar, disse nesta terça-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

Lagarde falou que o aperto da política monetária dos Estados Unidos, que começou no mês passado com a primeira alta de juros em uma década, deve ter respaldo de "claras evidências" de inflação nos EUA.

Ela destacou as implicações negativas para as economias emergentes.

"A principal questão à frente será o ritmo de normalização. Concordamos que ela deve ser gradual como anunciado, como destacado pelo Fed, e baseado em clara evidência de pressões mais firmes de salário ou preço", disse ela em conferência em Paris.

A redução da confiança nas tomadas de decisões da China tem alimentado a cautela dos investidores em relação à desaceleração da economia e a outros mercados emergentes, que haviam atraído centenas de bilhões de dólares na última década graças a retornos superiores em relação às economias desenvolvidas.

Lagarde disse que taxa de juros mais alta nos EUA, combinada com afrouxamento na zona do euro e no Japão, pode elevar o dólar, dificultando a vida das muitas empresas em economias emergentes que tomam emprestado em dólares.

"Para economias emergentes, isso pode aumentar a vulnerabilidade em setores com exposição em dólar, especialmente os corporativos", disse Lagarde.

Lagarde ainda alertou sobre fortes variações nas taxas de câmbio.

"Essa volatilidade pode ser induzida não apenas pela divergência em políticas monetárias em grandes economias avançadas, mas também pela incerteza sobre suas perspectivas gerais e ação de política."

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Lagarde falou que o aperto da política monetária dos Estados Unidos, que começou no mês passado com a primeira alta de juros em uma década, deve ter respaldo de "claras evidências" de inflação nos EUA.

Ela destacou as implicações negativas para as economias emergentes.

"A principal questão à frente será o ritmo de normalização. Concordamos que ela deve ser gradual como anunciado, como destacado pelo Fed, e baseado em clara evidência de pressões mais firmes de salário ou preço", disse ela em conferência em Paris.

A redução da confiança nas tomadas de decisões da China tem alimentado a cautela dos investidores em relação à desaceleração da economia e a outros mercados emergentes, que haviam atraído centenas de bilhões de dólares na última década graças a retornos superiores em relação às economias desenvolvidas.

Lagarde disse que taxa de juros mais alta nos EUA, combinada com afrouxamento na zona do euro e no Japão, pode elevar o dólar, dificultando a vida das muitas empresas em economias emergentes que tomam emprestado em dólares.

"Para economias emergentes, isso pode aumentar a vulnerabilidade em setores com exposição em dólar, especialmente os corporativos", disse Lagarde.

Lagarde ainda alertou sobre fortes variações nas taxas de câmbio.

"Essa volatilidade pode ser induzida não apenas pela divergência em políticas monetárias em grandes economias avançadas, mas também pela incerteza sobre suas perspectivas gerais e ação de política."

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