Pesquisadores identificam novos anticorpos que neutralizam coronavírus
A nova pesquisa americana ajuda a entender como o corpo humano combate a covid-19
Lucas Agrela
Publicado em 22 de julho de 2020 às 12h49.
Última atualização em 22 de julho de 2020 às 13h09.
Os avanços da ciência no combate ao novo coronavírus acontecem dia após dia desde o começo de 2020. Já foram identificados anticorpos de humanos e até de lhamas que podem ser eficazes, ao menos em testes de laboratório. Agora, pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, descobriram novos anticorpos que podem neutralizar o novo coronavírus.
Na pesquisa, que teve resultados publicados na revista científica Nature, os cientistas descrevem que retiraram 61 anticorpos para o novo coronavírus de cinco pacientes que foram infectados e se recuperaram.
A neutralização do vírus Sars-CoV-2 foi considerada como potente em 19 das 61 amostras, enquanto nove tiveram combate considerado como refinado.
Os pesquisadores afirmam que possuem um conjunto de anticorpos mais potentes e diversificados do que aqueles que foram identificados em estudos anteriores.
As descobertas permitem que os cientistas avancem no conhecimento e entendendimento sobre a infecção do novo coronavírus em humanos. No entanto, o estudo de anticorpos já produzidos é diferente do esforço pela criação de vacinas, uma vez que a proposta de uma vacina é estimular o organismo a produzir, por conta própria, anticorpos contra o vírus.
O relatório mais recente da Organização Mundial da Saúde informa que existem 166 vacinas em desenvolvimento no mundo. Entre elas, 24 estão em fase de testes e cinco já na fase 3, uma das mais avançadas.
Quanto tempo dura a imunidade ao coronavírus?
Um estudo divulgado neste mês pela universidade King’s College, de Londres, indicou que os níveis de anticorpos contra o coronavírus chegam ao pico três semanas após o início dos sintomas. No entanto, a contagem de anticorpos diminui rapidamente nas semanas seguintes.
Outra pesquisa, feita com base em um vírus semelhante por pesquisadores de Singapura, informa que a proteção contra o vírus podem ser "lembrada" por anos pelo organismo humano. Um tipo de células do sistema imunológico, as células T, ainda estão ativas contra o vírus Sars (também da família coronavírus) 17 anos depois da infecção.
Apesar do avanço das pesquisas, o tempo de duração da imunidade contra o novo coronavírus permanece um mistério e apenas mais estudos sobre o tema poderão revelar por quanto tempo o corpo humano pode ficar protegido de novas infecções.