Ciência

Ao custo de R$ 1 mil, respirador criado na USP pode ser feito em 2 horas

Aparelho foi testado no Hospital das Clínicas e segue para aprovação da Anvisa

Inspire: ventilador pulmonar emergencial desenvolvido na USP pode ser produzido em até duas horas (Poli/USP/Divulgação)

Inspire: ventilador pulmonar emergencial desenvolvido na USP pode ser produzido em até duas horas (Poli/USP/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 27 de abril de 2020 às 11h35.

Última atualização em 27 de abril de 2020 às 12h54.

Um grupo de engenheiros da Escola Politécnica da USP, liderado pelo professor Raul González Lima, criou um ventilador pulmonar emergencial para que médicos possam tratar pacientes com quadros graves de infecção pelo novo coronavírus.

O aparelho tem custo estimado de 1 mil reais, o que é 1/15 do custo do respirador mais barato disponível no mercado (15 mil reais).

O projeto do respirador, que pode ser criado em cerca de duas horas, será enviado para a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Chamado Inspire, o aparelho já foi testado em animais e em quatro pacientes no Instituto do Coração, do Hospital das Clínicas. O teste foi realizado seguindo as orientações da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, com a coordenação de José Otávio Auler Junior, professor da Faculdade de Medicina.

“O objetivo era ter medidas na frequência da respiração do paciente, para permitir a sincronização do fornecimento de oxigênio do aparelho com a frequência respiratória. Foram testadas várias frequências respiratórias, porque havia controle das variáveis, tais como pressão e vazão”, afirma o professor Guenther Krieger Filho, coordenador do Laboratório de Diagnóstico Avançado de Combustão da Poli.

As últimas notícias da pandemia do novo coronavírus

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDoenças respiratóriasUSP

Mais de Ciência

Água-viva maior que tubarão branco é avistada no Brasil; veja vídeo

Nasa oferece prêmio de quase R$ 18 milhões para quem resolver este desafio

Sono desregulado pode elevar riscos de ataque cardíaco e AVC; entenda

Pegadas indicam "encontro" entre duas espécies de humanos há mais de um milhão de anos