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Turismo personalizado: agências de turismo de luxo criam escola para travel designers

As quatro maiores agências nacionais do setor, Latitudes, Matueté, Primetour e Teresa Perez, criaram a Radix, uma escola de formação para travel designers

Alexandre Cymbalista, CEO da Latitutes, Gabriela Figueiredo, CEO da Matueté, Tomas Perez, CEO da Teresa Perez e Marina Gouvêa, CEO da Primetour. (Divulgação/Divulgação)

Alexandre Cymbalista, CEO da Latitutes, Gabriela Figueiredo, CEO da Matueté, Tomas Perez, CEO da Teresa Perez e Marina Gouvêa, CEO da Primetour. (Divulgação/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 3 de julho de 2024 às 14h23.

Ir para a Puglia e fazer muçarela fresca e pedalar entre trulis ou preparar baos em um vilarejo no interior da China são algumas experiências de turismo exclusivas que travel designers conseguem incluir no roteiro de viajantes de luxo. Para atender um público exigente, o mercado de turismo de luxo se adequa e transforma. Com isso, as quatro maiores agências nacionais do setor, Latitudes, Matueté, Primetour e Teresa Perez, criaram a Radix, uma escola de formação para travel designers.

"Os viajantes não querem tanto saber sobre como será o quarto, se terá uma piscina, mas o que vão fazer durante a viagem e quais serão os diferenciais propostos pelo travel desginer", diz Gabriela Figueiredo, CEO da Matueté. "Hoje qualquer hotel de luxo tem uma categoria de experiências que oferecem no site".

A busca por turismo de experiências é uma crescente após a pandemia, que foi arrasadora para o mercado de turismo. "As agências tiveram que lidar com cancelamentos em massa e realizar grandes demissões. Na Matueté, tivemos que demitir 60% do nosso staff, e uma segunda onda levou mais 65%.”

Essa retração forçou uma reestruturação profunda no setor. Mesmo com a retomada, a recuperação não foi instantânea. Com isso, as agências enfrentaram um novo problema: a falta de mão de obra qualificada. Muitas pessoas que foram demitidas durante a pandemia não estavam mais disponíveis no mercado.

Foi nesse contexto que Tomas Perez, CEO da Teresa Perez, teve a ideia de criar uma academia de formação de agentes de viagem. “A demanda do mercado e a necessidade de aceleração da carreira convergem", diz Figueiredo.

Roteiros personalizados

A Radix, academia de formação mencionada por Figueiredo foi criada para preencher essa lacuna. “Não temos a pretensão de substituir uma faculdade de turismo. Nosso curso é complementar, focado em formar travel designers”. Os cursos ensinam as aptidões necessárias para se tornar um consultor de viagens de luxo, diferenciando-se de um curso tradicional de turismo. “O travel designer precisa entender quais são as melhores experiências em cada lugar e adaptar essas experiências ao perfil do cliente".

Há três níveis de curso, que abordam desde as características do cliente brasileiro à especialização em nichos de viagens de luxo como destination weddings, trens e cruzeiros e viagens gastronômicas. Com valores a partir de R$ 2.600.

A formação oferecida pela Radix também atrai pessoas em busca de uma segunda carreira. “Vemos muitas pessoas do mercado publicitário, por exemplo, procurando o curso para entrar no turismo como uma segunda carreira”, diz.

No entanto, não basta apenas conhecer as experiências através das telas. Com isso, parcerias com marcas acontecem na formação prática dos alunos. “Tivemos um dia de test drive de carros de luxo e um treinamento de backstage com a Lufthansa,” conta. Essas experiências práticas são fundamentais para que os futuros travel designers entendam as necessidades dos clientes de luxo. “É importante que eles vivenciem as experiências para poderem entender e vender".

Além disso, Figueiredo vê uma tendência crescente de agências colocando seus próprios funcionários para fazer o curso da Radix. “Às vezes, contratamos pessoas com potencial e as colocamos no curso para acelerar sua formação,” diz.

Ainda que os cursos aconteçam online e em São Paulo, Figueiredo exalta os benefícios ocultos do mercado. "Há um valor quase imensurável, pois os travel designers podem conhecer os destinos e as experiências para entendê-las melhor e vendê-las aos viajantes". Seja no interior da China ou no sul da Itália.

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