American Airlines: novas medidas de segurança para atrair turistas (Riik@mctr/Creative Commons/Flickr)
Guilherme Dearo
Publicado em 26 de agosto de 2020 às 06h30.
Com o afrouxamento das medidas de quarentena por conta do coronavírus em diversos países, principalmente na Europa e na China, o setor de turismo começa a retomar, parcialmente, suas atividades. O setor aéreo, um dos mais afetados pela pandemia, ainda vai demorar a ver a normalidade, contudo.
Globalmente, a média de voos está 48% menor que há um ano, segundo dados da OAG. Isso não se refere, ainda, ao volume de passageiros. Se há quase metade de voos disponíveis apenas, as aeronaves continuam parcialmente vazias. Nos EUA, por exemplo: segundo a Transportation Security Agency (TSA) americana, somente 97.889.224 passageiros passaram pela imigração americana entre 1º de março e 24 de agosto. No mesmo período em 2019, foram 432.667.438 pessoas; uma queda de quase 74%, portanto.
Assim, as companhias aéreas vêm tentando atrair turistas assustados com medidas de segurança que os convença de que já é possível viajar em paz. A companhia aérea American Airlines anunciou nessa semana que será a primeira a usar um novo spray nas cabines. O spray promete matar 99,9% dos vírus presentes no local, inclusive o Covid-19, garantindo assim um espaço seguro.
O spray em questão é o SurfaceWise2, uma solução antiviral recentemente aprovada pela Environmental Protection Agency. Segundo a American Airlines, o spray, aplicado em superfícies, cria uma camada de longa duração que mata qualquer virus ou bactéria que venha a tocar a superfície. Mesmo em áreas de alto contato com pessoas, como maçanetas e assentos, o spray é efetivo.
A aérea prometeu que começará a usar o spray "nos próximos meses" em toda a sua frota. A medida faz parte do comitê Clean Commitment, criado na empresa para lidar com a limpeza e segurança das aeronaves durante a atual pandemia.
Nos voos atuais, passageiros precisam usar máscaras de proteção durante todo o voo, exceto quando estão se alimentando. Também há espaços vazios propositais nos assentos para manter o distanciamento social.