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Semanas de moda terminam lembrando Lady Di e com pânico pelo coronavírus

Temporada de desfiles é encerrada hoje com apresentações fechadas ao público, novos negócios e muitas tendências

Desfile: modelos apresentam criações da coleção Michael Kors durante a semana de moda em Nova York (Idris Solomon/Reuters)

Desfile: modelos apresentam criações da coleção Michael Kors durante a semana de moda em Nova York (Idris Solomon/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2020 às 07h29.

Última atualização em 3 de março de 2020 às 09h19.

São Paulo — Foi um mês ininterrupto de apresentações de tendências de moda feminina, o suficiente para abastecer as lojas de todo o planeta nos próximos meses. De 4 de fevereiro a 3 de março, sem um dia sequer de intervalo, os aficionados por roupas puderam acompanhar exatos 352 desfiles, shows e encontros reservados organizados pelas grifes nas quatro semanas principais da moda, uma espécie de Grand Slam fashion: Nova York, Londres, Milão e Paris, na ordem.

Hoje, no último dia da temporada, em Paris, estão previstas apresentações da Chanel e da Louis Vuitton, se não houver nenhuma surpresa causada pela temor ao coronavírus. O saldo você confere abaixo.

Foi durante a semana de moda de Milão que surgiram os primeiros casos de contágio por coronavírus na Itália. O pânico logo se instalou, a ponto da Giorgio Armani decidir fechar seu desfile ao público e fazer uma transmissão por streaming. Logo depois, na semana de Paris, a Louis Vuitton cancelou uma recepção para celebrar seu prêmio para jovens designers.

As máscaras cirúrgicas viraram acessório fashion nas filas dos desfiles e a Dolce & Gabbana anunciou que fará uma doação à Universidade Humanitas, de Milão, em apoio a estudos sobre o vírus. Por lá ainda, Prada e Gucci anunciaram que não apresentarão mais as coleções de meio de temporada em maio, respectivamente em Tóquio e em São Francisco.

O público brasileiro foi pego de surpresa ao ver a atriz Claudia Raia e sua filha, Sophia, como espécie de representantes da Isabel Marant, em Paris, vestidas da grife do pescoço aos pés. Logo depois, a explicação: a marca anunciou durante o evento que está abrindo uma loja no shopping Cidade Jardim, em São Paulo.

O grande destaque na área de novos negócios durante a temporada foi o anúncio da parceria entre o estilista belga Raf Simons e a Prada. Raf será co-diretor criativo da marca italiana, ao lado de Miuccia Prada, herdeira da empresa. Eles se conheciam desde 2005, quando o designer trabalhou na Jil Sander, e a marca era então controlada pelo grupo Prada.

Raf e Miuccia terão o mesmo peso nas decisões de criação. Esse é um movimento incomum na moda, a despeito do talento reconhecido de Raf, que também passou por Christian Dior e Calvin Klein. A Prada registrou um crescimento de 2% no primeiro semestre de 2019, um número baixo frente ao desempenho de concorrentes como Gucci e Louis Vuitton.

É preciso falar rápido das tendências, antes que o ávido mercado já olhe para outras direções. Então vamos ao que apareceu nas passarelas. A Balmain apresentou uma coleção recheada de lapelas coloridas, ombros e colo muito aparentes e saias balonês, numa pegada anos 80. As fashionistas logo se lembraram dos looks da princesa Diana.

Saias muito curtas, que mais pareciam hot pants, apareceram nas coleções de marcas como Dior, combinadas com botas de salto alto e blazers desconstruídos. A Balenciaga apresentou vestidos pretos que passavam da inspiração religiosa para uma interpretação neogótica. A Hermès, chique como sempre, novamente abusou dos tons terrosos. Do lado de fora dos desfiles, os trench coats, aqueles casacos de inspiração militar imortalizados pela Burberry, foram onipresentes. Anotou o que deve estar em breve nas araras das lojas? Corra enquanto é tempo...

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