Met Gala 2022 reúne estrelas internacionais em Nova York
Criada em 1948, a gala foi durante muito tempo reservada à altíssima sociedade de Nova York, mas Anna Wintour, que assumiu a festa em 1995, transformou-a em um evento adaptado à era das redes sociais
AFP
Publicado em 3 de maio de 2022 às 10h03.
Depois de subir os degraus mais exclusivos do planeta, estrelas e celebridades internacionais se reuniram na segunda-feira à noite no evento de gala do Museu Metropolitano de Arte de Nova York (Met), uma festa filantrópica, que teve suas duas últimas edições afetadas pela pandemia.
No coração de Manhattan, o icônico evento anual voltou a reunir centenas de famosos vestidos por grandes marcas, em trajes sofisticados, glamourosos, inverossímeis, ou portadores de mensagens políticas.
O "Dress code 2022" da festa, que está entre as mais seletivas do planeta? "Gilded glamour", palavras que remetem à "Era Dourada", a idade de ouro americana do final do século XIX.
A co-apresentadora Blake Lively foi uma das primeiras estrelas a causar deslumbramento, exibindo um vestido Versace com um grande laço de cetim acobreado que se desenrolava para revelar uma cauda turquesa.
A atriz, cujo marido, o ator Ryan Reynolds, usava um smoking de veludo marrom, descreveu o vestido como uma homenagem à arquitetura da cidade de Nova York, incluindo a Estátua da Liberdade e o Empire State Building.
A lista de 400 astros da moda, música, cinema, política e negócios, especialmente americanos, foi mantida em sigilo até o último momento, e inclui personalidades como Beyoncé, Billie Eilish, Justin Bieber, Olivia Rodrigo e Glenn Close.
O homem mais rico do mundo, Elon Musk, prometeu na entrada do evento tornar o Twitter a rede social "mais inclusiva possível", enquanto Hillary Clibton elogiou o "espírito dos Estados Unidos" presente no evento.
A eterna diretora da revista "Vogue", Anna Wintour, brilhou em um vestido Chanel. É ela que aprova a lista de convidados do evento.
O ingresso para a prestigiosa festa custa US$ 35.000 para um lugar no jantar. A reserva de uma mesa sai por US$ 200.000 a US$ 300.000.
Para a edição de 2021, transferida de maio para setembro por conta da pandemia - após um cancelamento total em 2020 -, o espetáculo ficou a cargo de Billie Eilish, transformada em Marylin Monroe com cabelo louro platinado e vestido com cauda Oscar de la Renta na cor pêssego.
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'Fim da violência armada'
O evento também foi uma oportunidade para a política, o prefeito de Nova York, Eric Adams, usou uma roupa que tinha seu slogan de campanha "Fim da violência armada", em uma cidade abalada pela criminalidade.
Seguindo a mais pura tradição filantrópica americana, o evento, que acontece na primeira segunda-feira de maio, destina-se a financiar o departamento de moda do Metropolitan Museum (The Costume Institute) e coincide com sua grande exposição anual, apresentada pela manhã à imprensa na presença da primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden.
A exposição inclui uma "Antologia da moda" americana, uma retrospectiva do século XIX e XX de uma centena de trajes épicos e reinterpretados por estilistas e diretores como Sofia Coppola, Martin Scorsese e Tom Ford.
O evento acontece no momento em que jornalistas e editores da Vogue e de outros veículos do grupo Condé Nast (GQ, Vanity Fair, Glamour, etc) lançam um movimento para a criação de um sindicato, lembrado nas redes sociais com um pastiche de capa da Vogue: "Met Gala 2022, a mais longa noite de trabalho".
Extravagância
Na escadaria que leva ao evento, todas as excentricidades são possíveis. Em 2019, o cantor e ator Billy Porter apareceu como o deus do sol, abrindo asas douradas e carregado por homens com torsos musculosos.
Mas ninguém igualou Lady Gaga e seu strip-tease que começou com um grande vestido fúcsia e terminou em lingerie preta.
Kim Kardashian, que apareceu toda vestida de preto, inclusive cobrindo o rosto, em setembro do ano passado, encerrou o espetáculo com um toque de brilho: com o cabelo platinado, ela usou um vestido bege brilhante, emulando o que Marilyn Monroe vestia quandou cantou sua famosa versão de "Happy Birthday Mr. President", na véspera do 60º aniversário da morte do ícone mundial.
Criada em 1948, a gala foi durante muito tempo reservada à altíssima sociedade de Nova York, mas Anna Wintour, que assumiu a festa em 1995, transformou-a em um evento adaptado à era das redes sociais.
Este ano, o título de copresidente honorário foi oferecido ao chefe do Instagram, Adam Mosseri, ao lado de Anna Wintour e do estilista Tom Ford.
A noite em si é copresidida por um quarteto de estrelas: o casal de atores Blake Lively e Ryan Reynolds, a atriz vencedora do Oscar Regina King e o comediante e músico Lin-Manuel Miranda, criador do sucesso da Broadway "Hamilton" e autor de várias músicas na Disney.