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Maior estufa do mundo voltará a abrir as portas em Londres

Com mais 10 mil plantas de 1,5 mil espécies, a maior estufa do mundo é reaberta em Londres, após restauração de cinco anos

Estufa: a reforma do Jardim Botânico de Kew custou US$ 55,8 milhões (Chris J Ratcliffe/Getty Images/Getty Images)

Estufa: a reforma do Jardim Botânico de Kew custou US$ 55,8 milhões (Chris J Ratcliffe/Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 3 de maio de 2018 às 11h29.

Londres - A maior estufa do mundo voltará a abrir suas portas no Jardim Botânico de Kew, em Londres, no próximo sábado, após uma restauração integral que durou cinco anos, segundo um comunicado divulgado nesta quinta-feira.

O Kew Temperate House é uma estufa vitoriana de vidro que fechou para ser submetida a uma modernização na qual foram usados mais de 5.280 litros de tinta, quantidade suficiente para cobrir quatro campos de futebol, e onde foram substituídos 15 mil painéis de vidro.

O recinto abriga mais de 10 mil plantas, ordenadas geograficamente, provenientes de climas temperados de todo o mundo, com amostras extraordinárias de espécies ameaçadas que poderão sobreviver no jardim da capital britânica.

Entre as 1,5 mil espécies de plantas, poderá ser encontrada uma Encephalartos woodii sul-africana, quase desaparecida no mundo selvagem, que recebeu o apelido da "planta mais solitária do mundo", já que só sobrevive um exemplar macho clonado do original, que chegou ao Reino Unido no século XIX.

Scott Taylor, horticultor chefe da coleção, indicou que ainda estão buscando fêmeas da planta para que possa se reproduzir e afirmou que o fundamental é manter todas estas espécies com vida e assegurar que as plantas em perigo não desapareçam.

"Temos uma tarefa importante em manter todas estas espécies", disse Taylor à BBC.

A reforma custou 41 milhões de libras (US$ 55,8 milhões) e também supôs a reparação, limpeza e supressão de 69 mil elementos individuais da estrutura, segundo a informação do Jardim Botânico.

O naturalista David Attenborough, que recentemente dirigiu um documentário com a rainha Elizabeth II nos jardins do Palácio de Buckingham, afirmou à BBC que "costumava vir aqui aos finais de semana e tomar ar" de cada vez que o trabalho no escritório lhe deprimia, ao mesmo tempo que acrescentou que "havia um cheiro de trópico".

"As espécies de plantas podem se extinguir da mesma forma que os animais podem se extinguir (...), portanto esta instituição é muito importante", concluiu.

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