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Lance Armstrong era central de distribuição de doping

Relatório final da USADA afirma que ciclista se dopava, encorajava os colegas a fazer uso das drogas e administrava os produtos ilegais em sua equipe


	Lance Armstrong perdeu os seus sete títulos da Tour de France após acusações de doping
 (Joel Saget/AFP)

Lance Armstrong perdeu os seus sete títulos da Tour de France após acusações de doping (Joel Saget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 15h53.

São Paulo – Depois de derrotar Lance Armstrong e tirar dele seus sete títulos do Tour de France conquistados entre 1999 e 2005, a USADA (agência antidoping dos Estados Unidos) volta a atacar o ciclista. Em documento encaminhado para a União Ciclística Internacional (UCI) e a Agência Mundial Antidoping (WADA) e a ser divulgado nesta quarta-feira, o órgão afirma que Armstrong era a figura central do programa de doping mais “sofisticado, profissional e bem-sucedido” que o esporte já viu.

O relatório feito pela USADA tem mais de mil páginas e conta com o testemunho de 26 atletas, sendo 11 deles pertencentes ao US Postal Service Pro Cycling Team, equipe de Armstrong. Além de terem assumido o uso de doping, ex-colegas do ciclista afirmaram que ele se dopava, encorajava os outros e administrava os produtos ilegais no time.

Além dos depoimentos, a USADA afirma ter recorrido a outras provas, como pagamentos financeiros, e-mails, dados científicos e testes de laboratório que provaram o uso, posse e distribuição de drogas por Lance Armstrong para aumentar a performance.

Ainda de acordo com a agência, todo esse esquema teria sido criado para pressionar os atletas a usarem perigosas drogas, para garantir o sigilo e ganhar vantagens competitivas. “Um programa organizado por indivíduos que pensaram que estavam acima das regras e que ainda desempenham um grande e ativo papel no esporte atual”, afirmou o órgão.

Em declaração ao jornal The New York Times, o advogado Timothy J. Herman, em nome de Lance Armstrong, afirmou que o relatório que está sendo divulgado nesta quarta-feira será um “trabalho de um lado só – um tabloide financiado pelo contribuinte requentando velhas, refutadas e pouco confiáveis alegações baseadas amplamente em perjuros em série, testemunhos coagidos, acordos de cavalheiros e histórias induzidas por ameaça”.

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