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Honda e Nissan iniciam conversas de fusão para concorrer com gigantes dos elétricos

A informação foi publicada pelo jornal japonês Nikkei e ainda não comentada pelas duas montadoras

TOKYO, JAPAN - MARCH 15: Nissan Motor CEO Makoto Uchida (L) and Honda Motor CEO Toshihiro Mibe (R) bow as they leave a joint press conference on March 15, 2024 in Tokyo, Japan. The automakers announced their partnership on electric vehicles today to compete with rival EV manufacturers such as China's BYD or US-based Tesla. (Photo by Tomohiro Ohsumi/Getty Images) (Tomohiro Ohsumi/Getty Images)

Publicado em 17 de dezembro de 2024 às 17h17.

As japonesas Honda e Nissan devem, nas próximas semanas, assinar um memorando de entendimento para tratar das negociações de uma fusão, segundo informações publicadas pelo jornal japonês Nikkei nesta terça-feira, 17. A união das duas marcas seria uma forma de competir melhor contra a Tesla e as montadoras chinesas de veículos elétricos.

De acordo com a publicação, a união funcionaria como uma holding, com outros detalhes ainda a serem definidos. Além disso, ambas as empresas têm a intenção de eventualmente incluir a Mitsubishi Motors, da qual a Nissan é a principal acionista com uma participação de 24%, sob o guarda-chuva da holding. Nenhuma das empresas comentou oficialmente sobre o assunto.

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A empresa combinada Nissan-Honda-Mitsubishi poderia alcançar mais de 8 milhões de vendas anuais de veículos, de acordo com o Nikkei. Isso colocaria o novo grupo entre as maiores montadoras do mundo, embora ainda abaixo da gigante japonesa Toyota, que registrou 11,2 milhões de vendas em 2023, e da alemã Volkswagen, com 9,2 milhões no mesmo período.

No começo do ano, as três montadoras já haviam anunciado um acordo para explorar uma aliança estratégica voltada para veículos elétricos e outras áreas. O objetivo principal dessa sinergia seria justamente competir com a crescente presença dos carros elétricos chineses.

A crise da Nissan

Em outubro, durante uma reunião virtual com centenas de gestores, o CEO da Nissan, Makoto Uchida, compartilhou uma avaliação sombria: as vendas e lucros abaixo do esperado exigiam cortes drásticos. A montadora planeja a redução de 9.000 funcionários, a diminuição de 20% de sua capacidade global e a economia de US$ 2,6 bilhões (R$ 13,5 bilhões) em custos. Uchida também prometeu cortar metade de seu salário como parte do esforço para reverter o declínio da marca.

A ausência de modelos híbridos na linha da Nissan foi identificada como um erro estratégico, especialmente considerando o mercado americano, que demonstrava alta demanda por híbridos devido ao alto preço dos veículos totalmente elétricos e a infraestrutura de carregamento limitada. A Nissan apostou exclusivamente nos elétricos, subestimando a rápida ascensão dos híbridos. Uchida admitiu que a empresa não previu essa tendência, o que afetou negativamente seus resultados.

(Com AFP)

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