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Há 9 anos, Neymar estreava no futebol europeu vestindo a camisa do Barcelona

Astro brasileiro conquistou 10 títulos pelo clube catalão, com destaque para a Liga dos Campeões

Pela equipe catalã, apesar da saída conturbada, o brasileiro fez parte de um dos ataques mais marcantes da história do clube, com Messi e Suárez, e venceu a Champions League, em 2015. (David Ramos/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2022 às 08h30.

Há 9 anos, no dia 30 de julho de 2013, Neymar estreava pelo Barcelona em um amistoso de pré-temporada, diante do time polonês Lechia Gdansk, e dava início à sua trajetória no futebol europeu. Um mês antes, no Rio de Janeiro, o atacante levantou o troféu da Copa das Confederações e, com uma vitória por 3 a 0, deu o seu cartão de visitas aos torcedores espanhóis.

Pela equipe catalã, apesar da saída conturbada, o brasileiro fez parte de um dos ataques mais marcantes da história do clube, com Messi e Suárez, e venceu a Champions League, em 2015.

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Além do troféu continental, Neymar conquistou outros 12 títulos: dois do Campeonato Espanhol, três da Copa do Rei, dois da Supercopa da Espanha, um do Mundial de Clubes e quatro torneios Joan Gamper. Em 196 partidas pelo Barça, ele anotou 114 gols e deu 68 assistências. Com um desempenho marcante, o atacante se tornou um dos principais nomes do futebol mundial e viveu seu auge na Europa.

Antes de embarcar com destino ao velho continente, Neymar também fez história com a camisa do Santos. Foram seis títulos, com destaque para a Libertadores de 2011 e a Copa do Brasil, conquistada em 2010. Com 138 gols, ele se tornou o maior artilheiro do clube após a “Era Pelé” e despertou o interesse das principais equipes do mundo. Contudo, mesmo com as investidas constantes de equipes como Chelsea, Real Madrid e do próprio Barcelona, o alvinegro manteve o atleta no elenco por quatro temporadas.

Armênio Neto, que atuou como diretor de marketing do Santos entre 2010 e 2013 e participou do projeto para segurar Neymar por mais tempo no clube, explica a operação realizada pelo Alvinegro para resistir às propostas de gigantes do exterior.

“Para manter o Neymar, nós criamos uma estrutura para gerar novos 0e aumentar as receitas do clube. Nós buscamos patrocínios de empresas interessadas em conectar suas marcas a um novo fenômeno que estava surgindo no futebol brasileiro, dentro e fora de campo. Não é nada fácil, mas vale a pena manter um ídolo porque ele engaja o torcedor e entrega resultados esportivos, gerando retornos que vão além das quatro linhas”, explica o especialista.

Balanços divulgados pelo Santos mostram que, entre 2009 e 2012, as receitas com cotas de TV saltaram de R$27 milhões para R$89 milhões anuais. O mesmo ocorreu com os ganhos relacionados à publicidade, que foram de R$7 milhões para R$40 milhões, um crescimento percentual de 470% em um período de três anos. Em relação às receitas de bilheteria, o valor quase dobrou, passando de R$9 milhões para R$17 milhões

Ainda de acordo com Neto, os bons resultados em campo potencializam a geração de receitas das equipes. “O melhor ‘marketing’ são as vitórias e os títulos. Quando o time tem um bom desempenho, há um aumento em premiação, bilheteria, venda de produtos, valor de patrocínio, número de sócios e de novos torcedores. Diferentemente de dez anos atrás, hoje há muitas formas de monetizar gigantes digitais como é o Neymar Jr. E há novos talentos com esse potencial, como Vini Jr e Rodrygo, do Real Madrid, Angelo e Marcos Leonardo, do Santos, e Endrick, do Palmeiras. São atletas em estágios diferentes, mas com uma longa estrada pela frente”.

Quando o contrato de Neymar com o Santos estava perto de terminar, o clube paulista aceitou as propostas de Real Madrid e Barcelona, e deixou que ele decidisse o seu destino. Após fechar com o Barcelona e passar quatro anos na Espanha, o PSG desembolsou €222 milhões (1,240 bi na cotação atual) para contar com o astro, na maior transferência da história do futebol.

Pela equipe francesa, em situação oposta ao que aconteceu no Barcelona, Neymar não caiu nas graças da torcida e é criticado constantemente pela imprensa francesa. Foram cinco eliminações na Champions League, problemas com torcedores, vaias, e na última edição do torneio continental, pela primeira vez, o atacante não marcou nenhum gol. Ainda assim, somando a passagem pelos dois clubes, é o jogador brasileiro com mais gols (42) e mais assistências (29) na história da Liga dos Campeões.

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