Tom Brady e Gisele Bündchen no MET Gala 2019 (Dimitrios Kambouris/Getty Images)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 1 de maio de 2023 às 06h30.
Última atualização em 1 de maio de 2023 às 10h35.
O MET Gala é conhecido como o “Oscar da Costa Leste Americana”. Com razão. O evento de arrecadação de fundos para o departamento de moda do Metropolitan Museum of Art (MET), em Nova York, movimenta as atenções a cada primeira segunda-feira de maio, quando é realizado.
Segundo o Launchmetrics, a noite de gala gera 543 milhões de dólares em valor de impacto de mídia, com cerca de 15 milhões de espectadores. O Super Bowl gera 520 milhões de dólares, isso com uma audiência bem maior. No ano passado 113 milhões de pessoas assistiram à final da liga de futebol americano.
A edição deste ano, que acontece a partir das 19 horas desta segunda-feira 1º de maio, vai homenagear o alemão Karl Lagerfeld, diretor criativo da Chanel e da Fendi, entre outras, além de sua marca própria, falecido em 2019. Isso quer dizer que os convidados devem se vestir com referências ao designer.
Espere, portanto, ver muito óculos escuros, terninhos, luvas de couro e camisas de gola alta. A seguir explicamos as razões que fazem do MET Gala um evento tão importante para a indústria da moda e tão concorrido para quem gosta de acompanhar a vida das celebridades.
O MET Gala foi criado em 1948 como forma de arrecadar recursos para o recém-fundado Costume Institute do Museu de Arte Metropolitan. A diretora da Vogue Diana Vreeland foi quem transformou o evento em uma festa exclusiva ao convidar celebridades como Bianca Jagger e Jackie Kennedy. Desde 1995 o baile é presidido pela toda-poderosa da moda Anna Wintour.
Somente pessoas convidadas ou aprovadas por Anna Wintour. Podem ser doadores do Metropolitan, ou empresários como Elon Musk. Algumas celebridades são convidadas por marcas de moda, que compram mesas. Brasileiros como Anitta e Alexandre Birman também dão as caras por lá. Mas a palavra final é sempre da editora-chefe da Vogue americana.
O evento inclui um coquetel logo depois da entrada no tapete vermelho e um tour pela exibição do tema do ano. Depois os convidados se sentam para um jantar formal com apresentações especiais. Cerca de 600 pessoas são convidadas. Uma curiosidade é que os acompanhantes não se sentam ao lado dos convidados, para favorecer a interação.
Os convites custam por volta de 35.000 dólares. As mesas podem custar de 75.000 a 250.000 dólares e são reservadas por marca de moda como Saint Laurent ou empresas como Amazon. Algumas celebridades são convidadas pelas marcas, que bancam os ingressos.
O tapete vermelho do Metropolitan é onde as celebridades querem brilhar – assim como os estilistas que as vestem. É um momento de liberdade criativa, onde os designers se arriscam mais, podem ousar sem amarras comerciais, mais do que nas semanas de moda, nos desfiles de alta costura ou nas coleções cruise no meio das temporadas.
Cada ano tem suas atrações. Em 2022 Blake Lively foi com um tubinho cheio de bordados com laço gigante e cauda que representava os 12 zodíacos dos signos, enquanto Kim Kardashian vestiu o traje dourado usado por Marilyn Monroe no aniversário de John Kennedy. As celebridades costumam devolver os vestidos aos estilistas , caso não os comprem.
No ano passado foram arrecadados 17,4 milhões de dólares para programas educativos, exibições e trabalho de conservação do museu, entre ingressos e publicidade. A transmissão acontece no site da Vogue americana (vogue.us) a partir das 19 horas desta segunda-feira 1º de maio.