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Em ‘Medida Provisória’, de Lázaro Ramos, negros são 'devolvidos' à África

Trama coloca Alfred Enoch, Taís Araújo e Seu Jorge para sobreviver em uma distopia racista

Alfred Enoch e Taís Araújo: longa imagina uma realidade em que negros são expulsos do país (Foto/Divulgação)
AL

André Lopes

Publicado em 14 de abril de 2022 às 16h48.

Primeiro filme de ficção dirigido por Lázaro Ramos, "Medida Provisória", que estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 14, traz um roteiro inspirado na peça "Namíbia, não", escrita em 2011 por Aldri Anunciação.

Na adaptação, em um futuro distópico, o governo brasileiro decreta uma medida provisória, em uma iniciativa de reparação pelo passado escravocrata, provocando uma reação no Congresso Nacional.

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Em resposta a isso, um governo autoritário determina uma nova política, a "medida provisória", em que os negros, agora chamados de "cidadãos de melanina acentuada", serão enviados de volta à África em vez de receberem a indenização.

A nova lei afeta diretamente a vida do casal formado pela médica Capitú (Taís Araújo) e pelo advogado Antonio (Alfred Enoch), bem como a de seu primo, o jornalista André (Seu Jorge), que mora com eles no mesmo apartamento.

Nesse apartamento, os personagens debatem questões sociais e raciais, além de compartilharem anseios que envolvem a mudança de país.

Vendo-se no centro do terror e separados por força das circunstâncias, o casal não sabe se conseguirá se reencontrar.

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