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Cello Camolese, criador da Devassa, lança marca de alimentos veganos

A Amazonika Mundi se destaca por apostar na fibra do caju, usada no preparo de hambúrgueres e almôndegas

Hambúrguer da marca é colorido com extrato de açaí (Divulgação/Divulgação)

Hambúrguer da marca é colorido com extrato de açaí (Divulgação/Divulgação)

DS

Daniel Salles

Publicado em 23 de novembro de 2020 às 14h04.

Última atualização em 17 de dezembro de 2020 às 10h53.

No final de 2017, o empresário Cello Camolese Macedo chacoalhou o cenário gastronômico carioca ao inaugurar a grandiosa Casa Camolese. Ocupa a chamada Vila Portugal do Jockey Club Brasileiro, o hipódromo do Rio de Janeiro, que viu sua popularidade declinar a galope nas últimas décadas. O empreendimento de Cello, ao qual se chega pela Rua Jardim Botânico, foi projetado pelo escritório Be.Bo, dos arquitetos Bel Lobo e Bob Neri, e consumiu 11 milhões de reais (um dos investidores foi o artista plástico Vik Muniz, hoje fora do negócio). O imóvel de tijolinhos à mostra, vigas expostas e paredes de vidro abriga um restaurante, um bar especializado em drinques inventivos e uma fábrica de cervejas artesanais.

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Virou um sucesso, talvez similar à empreitada mais conhecida de Cello, a marca Devassa, vendida para a Schincariol em 2007. Sua iniciativa mais recente leva o nome de Amazonika Mundi. Foi derivada da marca Sottile, fundada em 2018, e que tem agora como sócios Thiago Rosolem, Bruno Rosolem, George Braile, João Mayrinck, além de Cello. O foco são produtos 100% veganos. E a foodtech se diferencia por apostar na fibra de caju para dar forma a hambúrgueres, almôndegas e bolinhos que imitam o gosto de carne (estima-se que 675.000 toneladas dessa substância sejam descartadas por ano pela indústria que vive do fruto). No caso dos hambúrgueres, o que confere a coloração avermelhada, "o sangue", é o extrato de açaí.

Siriju: produto remete aos bolinhos de siri (Divulgação/Divulgação)

A marca também prepara hambúrguer de falafel e de quinoa e três outros bolinhos (com esses dois últimos ingredientes e feijoada). A meta agora é lançar nuggets e kafta, tudo livre de proteína de origem animal, para veganos ou carnívoros dispostos a mudar de hábitos alimentates. “Uma alegria imensa voltar para a indústria, depois da Devassa, com um propósito grande e verdade: saúde, sustentabilidade e sabor”, Cello escreveu em sua conta no Facebook.

O hambúrguer vegano da Amazonika é um dos oito produtos da foodtech (Divulgação/Divulgação)

A primeira empreitada do empresário no Rio de Janeiro foi o Zazá Bistrô, em Ipanema, criado em parceria com a mulher dele, a carioca Isabela Piereck. Nascido em São Paulo, ele trocou de cidade há cerca de 20 anos depois de diversas apostas na noite paulistana. Na Vila Madalena, criou os extintos bares Jungle e Brancaleone e a casa de shows Grazie a Dio! Na capital fluminense, montou o 00, no Planetário da Gávea e a rede de pizzarias Vezpa. Mais um sucesso à vista?

 

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