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Casas-ateliês de Tomie Ohtake e Chu Ming Silveira viram espaços de exposições

As residências de Tomie Ohtake e Chu Ming Silveira são abertas para mostras de arte e arquitetura

Residência de Tomie: projeto de seu filho Ruy Ohtake (Divulgação/Divulgação)

Residência de Tomie: projeto de seu filho Ruy Ohtake (Divulgação/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 07h18.

As artistas e designers Tomie Ohtake e Chu Ming Silveira tinham mais semelhanças do que se pode imaginar. Estrangeiras asiáticas em São Paulo, Ohtake se mudou do Japão para o Brasil em 1936, enquanto Silveira emigrou da China 15 anos mais tarde. Por aqui, Ohtake criou inúmeras obras de arte que hoje estão espalhadas por prédios, o Auditório do Ibirapuera, diversas avenidas de São Paulo e o próprio instituto que abriga exposições, cursos e a memória da artista. Já Silveira, além de seu trabalho como arquiteta, projetou uma peça conhecida por quase todos os brasileiros em uma época pré-telefones celulares: o orelhão. Na zona sul de São Paulo, ambas viveram em casas brutalistas da década de 1970.

Agora, por meio da terceira edição da plataforma de exposição Aberto, esses espaços estarão disponíveis para visitação até 15 de setembro.

“Estamos empolgados em revelar as histórias notáveis dessas mulheres extraordinárias e seu profundo impacto na arte, arquitetura e design brasileiros. A mostra não apenas celebra suas contribuições artísticas e arquitetônicas mas também suas perspectivas imigrantes que moldaram o movimento modernista brasileiro”, diz Filipe Assis, empreendedor de arte e fundador da Aberto.

A residência projetada por Silveira se destaca pela estrutura de concreto e vidro e distinta do estilo arquitetônico convencional. Foi projetada para melhorar a convivência e priorizar a funcionalidade, destinada a ser experimentada, e não apenas observada.

A casa também recebe uma seleção de trabalhos de Wanda Pimentel, Abraham Palatinik, Anna Maria Maiolino, Kishio Suga, Lucio Fontana, Maria Martins, Sheila Hicks e Anish Kapoor. Na casa onde passou a infância, Alan Chu, filho mais novo de Silveira, apresenta suas criações de mobiliários.

Já a residência de Tomie foi projetada por seu filho Ruy Ohtake. A casa-ateliê de 750 metros quadrados foi um dos primeiros grandes projetos de Ruy.

Em homenagem a Tomie, Paulo Miyada, curador do Instituto Tomie Ohtake, apresenta uma exposição sobre a vida e a obra da artista, que inclui itens pessoais, material de arquivo e obras de arte. Rodrigo Ohtake, neto de Tomie, também apresenta uma edição especial limitada de peças de design editadas pela Galeria Etel. Essa coleção conta com duas peças de Ruy e duas criações originais do próprio Rodrigo.

ABERTO3 | Até 15 de setembro 

Residência de Chu Ming Silveira | Rua República Dominicana, 327, Real Parque, São Paulo

A Casa Ateliê de Tomie Ohtake | Rua Antonio de Macedo Soares, 1.800, Campo Belo, São Paulo

De quarta-feira a domingo, das 10 às 18 horas (última entrada às 17 horas). De quarta a sexta-feira, de 30 reais (meia) a 60 reais (inteira). Aos Sábados e domingos, de 40 reais (meia) a 80 reais (inteira)

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