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Atriz denuncia que foi estuprada por Harvey Weinstein duas vezes

Denúncia se soma às de outras dezenas de mulheres que acusam o produtor de assédio ou estupro

Harvey Weinstein (Carlo Allegri/Reuters)

Harvey Weinstein (Carlo Allegri/Reuters)

A

AFP

Publicado em 3 de novembro de 2017 às 10h18.

Última atualização em 3 de novembro de 2017 às 10h19.

A atriz americana Paz de la Huerta afirmou que o produtor Harvey Weinstein a estuprou duas vezes em 2010, aumentando a lista de supostas vítimas do ex-magnata de Hollywood.

A polícia de Nova York "está a par das denúncias de agressão sexual", afirmou à AFP o sargento Brendan Ryan. "Estamos investigando", completou.

O oficial indicou que a polícia está "colaborando com o Ministério Público de Manhattan", que segundo o canal CBS já teria designado um procurador de crimes sexuais para este caso. A Promotoria não respondeu aos pedidos de comentário da AFP.

De la Huerta, de 33 anos, fez as acusações na revista Vanity Fair. Ela disse que as supostas agressões aconteceram em Nova York, com pouco mais de um mês de diferença.

A primeira aconteceu em novembro de 2010, quando Weinstein se ofereceu para levá-la a seu apartamento em Nova York e pediu para subir e tomar uma bebida.

"Senti medo, não foi consensual, tudo aconteceu muito rápido...Ele se colocou dentro de mim... quando acabou disse que me ligaria. Fiquei na cama em choque", disse a atriz, conhecida por seu papel na série da HBO "Boardwalk Empire".

O segundo estupro teria acontecido em dezembro do mesmo ano. O produtor, embriagado, apareceu em seu edifício e exigiu subir até o apartamento.

"Foi repugnante, é como um porco (...) me estuprou".

Dezenas de mulheres denunciaram nas últimas semanas que foram assediadas ou violentadas pelo outrora influente produtor de cinema.

Segundo os números publicados no Twitter por uma das atrizes que acusam Weinstein, a italiana Asia Argento, 94 mulheres foram assediadas ou abusadas e 14 afirmam que foram estupradas.

Weinstein insiste que todas as relações foram consensuais.

Sua porta-voz Holly Baird afirmou à AFP que o produtor iniciou terapia e busca um "melhor caminho".

"Espera que, se conseguir progredir o suficiente, receberá uma segunda chance".

Outra personalidade de Hollywood afetada pelo escândalo é o diretor Brett Ratner, também acusado de assédio sexual por várias mulheres.

O estúdio Warner Bros. rompeu a relação com o diretor e sua produtora, RatPac, foi descartada para a adaptação de um best-seller que também tinha o envolvimento da Amazon.

Ratner nega as acusações e processou uma das acusadoras por difamação.

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