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Após casos de Covid, delegação do judô diz sentir-se segura em hotel

O chefe da equipe, Ney Wilson, afirmou que a equipe está completamente isolada no hotel, praticamente sem contato com os funcionários

Equipe brasileira de judô chega para treinamento em ginásio em Hamamatsu, no Japão.  (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Equipe brasileira de judô chega para treinamento em ginásio em Hamamatsu, no Japão. (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de julho de 2021 às 11h01.

A equipe de judô que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio afirmou nesta quinta-feira sentir-se segura para a preparação para o evento após sete funcionários do hotel em que estão hospedados na cidade de Hamamatsu testarem positivo para a Covid-19, sem que nenhum membro da delegação fosse infectado.

O chefe da equipe, Ney Wilson, afirmou que a equipe está completamente isolada no hotel, praticamente sem contato com os funcionários, e que até mesmo o treinamento acontece em uma espécie de bolha, em que os atletas não têm contato com o exterior.

"Hoje a gente vive num hotel onde só tem nós", disse Wilson em entrevista coletiva online direto do Japão. "A gente não consegue nem tocar o botão do elevador, tem uma pessoa lá para tocar o botão", acrescentou o chefe da equipe, afirmando que a delegação chegou a ter alguma irritação com a rigidez dos protocolos.

"Esses são os Jogos da paciência", afirmou.

Wilson explicou que, nos treinamentos, os atletas ficam em uma espécie de "jaula", separada por um vidro do público externo, que pode assistir aos treinamentos, mas não ter contato com os atletas.

Ele também afirmou que a equipe vem sendo testada diariamente para detectar eventuais casos de Covid-19 e que até mesmo o restaurante que estão usando é exclusivo para a equipe.

"A gente tem um restaurante exclusivo com uma culinária bem adaptada ao Brasil", afirmou. "Ninguém senta de frente para ninguém, todo mundo senta de frente para a parede", afirmou ele, que explicou que o modelo do restaurante é de self service, os membros da delegação têm a temperatura medida ao entrar e usam luvas de plásticos para se servirem.

Ele contou que parte da equipe chegará ao Japão somente nesta quinta e que essa segunda leva de atletas permanecerá isolada dos demais --inclusive com horários diferentes de treinamento e alimentação-- por quatro dias em cumprimento aos protocolos para evitar a disseminação da Covid.

Sobre o evento esportivo em si, Wilson disse esperar que a equipe mantenha a escrita do judô brasileiro de conquistar medalhas em Olimpíadas.

"A gente vem mantendo medalhas em todos os Jogos. O objetivo primeiro é manter essa sina de mantermos medalhas em Jogos Olímpicos", disse Wilson, lembrando que a equipe brasileira terminou o Mundial disputado neste ano com a terceira colocação na competição por equipes, que neste ano também valerá medalha na Olimpíada.

"Acredito no potencial que a gente pode apresentar e que a gente possa contribuir para o quadro de medalhas do Comitê Olímpico do Brasil", afirmou.

Adiada em um ano por causa da pandemia de Covid-19, a Olimpíada de Tóquio será realizada do dia 23 de julho a 8 de agosto e a presença de público será proibida na maioria dos locais de competição.

Diante dos temores de disseminação da Covid-19, pesquisas têm mostrado a oposição do público japonês aos Jogos, embora o país não tenha enfrentado surtos tão graves da doença como os registrados em outros lugares do mundo.

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