Nudez retorna ao Calendário Pirelli 2025; conheça os fotografados
Ethan James Green Green também fez um autorretrato, e pela primeira vez um fotógrafo do calendário terá uma foto no anuário
Repórter de Casual
Publicado em 14 de agosto de 2024 às 11h53.
Última atualização em 14 de agosto de 2024 às 15h05.
O Calendário Pirelli, o mais célebre dos anuários, vem acompanhando o comportamento da sociedade. Entre o fim dos anos 1990 e meados de 2010, prevaleceu o apelo sensual que dominou a linguagem das revistas masculinas e das campanhas publicitárias. Nos anos mais recentes, no entanto, as fotos têm mostrado mulheres bem-sucedidas, de beleza real e longe da perfeição, e reinterpretações de histórias lúdicas.
No ano passado, pela primeira vez os retratos do calendário foram feitos por um artista nascido na África, apenas com homens e mulheres negros. Para a edição deste ano, o fotógrafo convidado foi Prince Gyasi, de Gana. Entre as celebridades fotografadas estão a modelo Naomi Campbell, o ator Idris Elba, a cantora Angela Bassett e o escritor e produtor músical Jeymes Samuel, também conhecido como The Bullitts, entre outros.
O fotógrafo nascido em Michigan e radicado em Nova York mistura a franqueza de seu Centro-Oeste nativo com a amplitude e o brilho de sua cidade adotiva, resultando em retratos de intimidade surpreendente que capturam e amplificam a essência de seus temas. Trabalhando em temas como identidade contemporânea, sexualidade e estilo, ele construiu um corpo de trabalho singular em sua profundidade e ponto de vista.
O primeiro livro de Green, Young New York (2019, Aperture), é uma coleção de retratos tirados de amigos e colaboradores nos parques do centro de Nova York que narra o escopo da identidade queer da última década. Sua segunda monografia, Bombshell (2024, Baron), subverte a ideia do estereótipo "bombshell", explorando e reinterpretando o conceito ao convidar suas modelos a se estilizarem e posarem de maneiras que incorporem sua perspectiva pessoal sobre feminilidade, glamour e sex appeal.
Elaborando sua visão altamente pessoal da comunidade artística de Nova York, Green fundou a New York Life Gallery em 2022. A galeria sediada em Chinatown convida os visitantes a um círculo de artistas do centro da cidade com exposições e programação centrada em artistas emergentes e em meio de carreira, arquivos desconhecidos e obras de arte do século XX.
Seu trabalho apareceu em publicações como Aperture, Arena Homme +, Dazed, Double Magazine, Foam Magazine, i-D, L'Uomo Vogue, M le Monde, Perfect, The New Yorker, Time, Vogue, Vogue Italia, W Magazine e WSJ Magazine. Ele também colaborou com diversas marcas de moda, entre elas Alexander McQueen, Dior, Fendi, Louis Vuitton, Miu Miu, Prada, Tom Ford e Versace.
Os fotografados em 2025
Nesta edição, foram convidados atores, atrizes, modelos e artistas como Simone Ashley, John Boyega, Padma Lakshmi, Vincent Cassel, Jodie Turner-Smith, Hunter Schafer, Hoyeon Jung, Connie Fleming, Elodie Di Patrizi, Jenny Shimizu, Martine Gutiérrez.
Green também fez um autorretrato, e pela primeira vez um fotógrafo do calendário terá uma foto no anuário.Para o calendário 2025, Green trouxe a nudez de volta ao calendário fotografado em Miami.“[O movimento] #MeToo realmente forçou todo mundo a fazer uma pausa, o que é muito bom. E acho que muito do que se tornou sexy é parecido com o que começamos a ver nas redes sociais das pessoas, geralmente através de selfies”, disse Green ao The Guardian. “Assim, as pessoas têm controle total sobre o que estão divulgando, mostrando como a pele é capturada e não fazendo nada com que não se sintam confortáveis. E comigo, meu trabalho sempre foi uma colaboração com o assunto".
“Todos nós entramos nesta vida nus. É a melhor maneira de capturar nosso verdadeiro eu".