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Wildlife, unicórnio de games, abre mais de 200 vagas no Brasil e exterior

Há oportunidades nos escritórios de São Paulo, Buenos Aires, Dublin e Irvine para as áreas de engenharia, arte e suporte

Arthur e Victor Lazarte, da Wildlife: empresa cresce 70% ao ano desde 2014 (Germano Lüders/Exame)
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Carolina Ingizza

Publicado em 14 de agosto de 2020 às 11h00.

A Wildlife Studios, especializada em jogos para dispositivos móveis, está em franca expansão. O “ unicórnio dos games” está com mais de 200 vagas abertas após sua nova rodada de investimento, que lhe rendeu 120 milhões de dólares e um valor de mercado de 3 bilhões de dólares.

As vagas são para os escritórios de Buenos Aires (Argentina), São Paulo (Brasil), Dublin (Irlanda) e Irvine (Estados Unidos). As áreas que estão com um maior número de posições em aberto são engenharia, arte, suporte e gerenciamento de comunidade. Os candidatos podem se inscrever pelo site da companhia, que traz informações detalhadas sobre as competências necessárias para cada carreira.

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Para fazer parte de suas equipes, a Wildlife busca pessoas que tenham boa dinâmica para trabalhar em grupo e sejam apaixonadas por jogos. Segundo a empresa, as vagas oferecem a oportunidade de os profissionais trabalharem em problemas “altamente analíticos, complexos, na fronteira do conhecimento da indústria”.

O salário de cada posição é na moeda do país em que a pessoa irá trabalhar e há oportunidades de intercâmbio entre os escritórios. Os benefícios acompanham o mercado local. No Brasil, por exemplo, há auxílio para transporte público, bicicleta e estacionamento, além de vale refeição e plano de saúde. Até setembro a companhia mantém todos os funcionários em home office e oferece o regime de forma opcional até o final ano.

Da cozinha de casa a um negócio global

A Wildlife foi criada em 2011 na casa dos pais dos fundadores, os irmãos Victor e Arthur Lazarte, em São Paulo. Hoje o negócio cresceu e já ocupa cinco escritórios ao redor do mundo. Dois deles, responsáveis pelo centro de arte, o centro de distribuição e o relacionamento com Apple e Google, ficam nos Estados Unidos, nas cidades de Irving e Palo Alto.

O escritório brasileiro, em São Paulo, é focado no desenvolvimento de jogos. Há ainda um escritório em Buenos Aires, na Argentina, que é especializado também no desenvolvimento de jogos e em tecnologia de infraestrutura para os games, e outro em Dublin, na Irlanda, onde a empresa mantém sua equipe de inteligência de marketing.

Apesar de ter começado no Brasil, os grandes jogos da empresa são mais populares em mercados como Estados Unidos, Reino Unido e Rússia. Desde a fundação, a startup já acumulou mais de 2,6 bilhões de downloads e viu a base de usuários de seus principais jogos, Tennis Clash, Zooba e Sniper 3D, crescer entre 30% e 50% nos últimos cinco meses.

O negócio é lucrativo desde o princípio e cresce 70% ao ano em faturamento desde 2014. Para dar conta desse crescimento, a empresa passou por uma reestruturação ao longo dos últimos dois anos. Até julho de 2018, eram 180 funcionários. Hoje, já são mais de 730.

“É difícil fazer os times trabalharem bem juntos em cinco escritórios multidisciplinares e multiculturais. Trazer 120 novas pessoas por trimestre também é um desafio, o ambiente está sempre mudando”, diz Lucas Lima, vice-presidente de operações da Wildlife.

Com a pandemia, os recursos de gestão que estão sendo estruturados se mostraram ainda mais valiosos. Um dos destaques da estratégia foi a abolição das apresentações feitas em ­PowerPoint nas reuniões. Os temas tratados devem ser escritos em até cinco páginas, com contexto, opções avaliadas e recomendações de decisões. Antes da reunião, os participantes leem o documento e depois deliberam durante 15 ou 20 minutos. Depois, o documento é divulgado aos demais funcionários e serve de memória do que vem sendo tratado.

A empresa criou um documento, também por escrito, de dez páginas com os objetivos para os próximos três anos, incluindo as metas de cada departamento. Além disso, os diretores definiram os papéis e responsabilidades de cada posição de liderança, já que há sempre novas pessoas chegando. “Com essa organização, é mais fácil desempenhar cada papel e buscar pessoas de fora para contratar”, diz Lima.

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