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Veja as profissões que serão mais beneficiadas pela inteligência artificial, segundo o LinkedIn

Estudo realizado pela plataforma global de negócios e emprego mostra que 53% dos trabalhos serão alterados ou impulsionados pela IA

Segundo estudo do LinkedIn, pelo menos 65% das competências necessárias para os empregos mudarão até 2030 (Divulgação: Vithun Khamsong/Getty Images)

Publicado em 27 de novembro de 2023 às 12h01.

A Inteligência Artificial chegou para revolucionar o mercado de trabalho e há dados que comprovam isso. A maior parte dos empregos (53%) que existem hoje serão alterados ou impulsionados pela IA, de acordo com o “LinkedIn Economic Graph Research Institute”, estudo realizado pelo LinkedIn em novembro deste ano.

Com essa expectativa, os profissionais, sejam eles novos ou com mais anos de mercado, precisam se atualizar, porque as competências necessárias para os empregos mudarão em pelo menos 65% até 2030. Isto não significa que a maioria dos empregos exigirá competências em IA, mas que os profissionais terão de adquirir conhecimentos em IA para que possam se beneficiar de ferramentas de produtividade alimentadas por IA, como o Microsoft Copilot.

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“Ao aprender e aproveitar as ferramentas de IA, esses profissionais podem aumentar sua produtividade, passar mais tempo aprimorando habilidades pessoais cruciais - que são cada vez mais demandadas - e assumir trabalhos de maior impacto desde o início de suas carreiras", afirma Karin Kimbrough, economista-chefe do LinkedIn.

A geração que será mais impactada

A Geração Z tem maior probabilidade de ver seus empregos sendo afetados pela Inteligência Artificial, segundo o estudo:

Essas gerações, de acordo com a pesquisa, devem esperar ver os seus empregos sendo impactados pela IA, o que significa que uma grande porcentagem das suas competências pode ser aprimorada por tecnologias alimentadas por IA.

“A ascensão da IA já está redefinindo nossos modelos de trabalho e, no LinkedIn, acreditamos que a IA tem o poder de criar oportunidades para muitos profissionais, especialmente aqueles que estão iniciando suas carreiras e aqueles que não possuem uma graduação,” afirma a economista-chefe do LinkedIn.

As áreas mais impactadas

A ascensão da IA ​​provavelmente afetará profissionais de todos os níveis de ensino - isto é, os cursos de bacharelado e pós-graduação podem ver um nível de mudança um pouco maior (55% e 52%, respectivamente) do que os profissionais com diplomas de ensino médio (50%). Neste sentido, os profissionais com níveis mais elevados de escolaridade poderão se beneficiar do desenvolvimento de conhecimentos em IA.

Espera-se que todos os empregos sejam afetados de alguma forma pela IA, mas existem algumas funções e indústrias onde a mudança ocorrerá mais imediatamente. Entre os profissionais mais propensos a terem suas funções alteradas ou impulsionadas pela IA, segundo os dados do LinkedIn, estão:

Competências interpessoais em alta

À medida que aumenta a procura por conhecimentos sobre IA, aumenta também a procura por competências interpessoais para complementá-los. As mulheres, em particular, se beneficiarão se começarem a adotar ferramentas de IA no trabalho.

Equilibrar as habilidades de IA com as habilidades pessoais é fundamental para o crescimento na carreira. Profissionais de tecnologia que desenvolveram uma ou mais dessas habilidades sociais - comunicação, trabalho em equipe, resolução de problemas ou liderança - além de habilidades técnicas, são promovidos cerca de 13% mais rápido do que funcionários que possuem apenas habilidades técnicas.

No Brasil, o estudo identificou que entre as habilidades mais solicitadas - desde dezembro de 2022, estão:

Habilidades não relacionadas à IA (pessoais e digitais):

  1. Inglês (Idiomas)
  2. Habilidades Analíticas
  3. Microsoft Excel

Habilidades de IA:

  1. Estruturação de Dados;
  2. Aprendizado de Máquina (Machine Learning);
  3. Reconhecimento de Padrões.

A procura por IA só cresce

Profissionais e empresas estão cada vez mais interessados ​​em Inteligência Artificial. O assunto está em alta no LinkedIn como nunca esteve antes e os profissionais estão se candidatando cada vez mais a empregos relacionados à IA, segundo informações oficiais do próprio LinkedIn.

As conversas sobre IA estão em ascensão. De dezembro de 2022 a setembro de 2023, as conversas sobre o assunto aumentaram 70% na plataforma.

Tanto homens como mulheres falam sobre isso, mas os homens (58%) estão abordando mais a conversa do que as mulheres (31%).

Além disso, embora mais de metade das mulheres e dos homens vejam os seus empregos sendo afetados ou aprimorados pela IA, as mulheres não estão buscando conhecimentos sobre IA ​​tão rapidamente como os homens:

No Brasil, os homens têm 1.6x mais probabilidade de buscar aprender habilidades em IA do que as mulheres.

Perfis que mais falam sobre IA

As conversas sobre IA estão sendo lideradas por profissionais do setor de:

Um dado que chama atenção é que a Geração Millennials está conversando mais sobre IA do que a Geração Z:

A procura por talentos de IA

Não é apenas o setor de tecnologia que está procurando talentos em IA – globalmente, as principais indústrias que procuram funções relacionadas à IA são:

No Brasil, na França e na Alemanha, Serviços Profissionais é o principal setor em busca de funções relacionadas à IA. Quando o recorte é só Brasil, Serviços Profissionais é seguido por Tecnologia, Informação e Mídia e Serviços Administrativos e de Suporte, Manufatura e Serviços Financeiros.

A procura por empregos relacionados à IA no mundo

Durante 2023, a média de procura por empregos relacionados com IA aumentou 12% em sete países, segundo estudo do LinkedIn:

As candidaturas e ofertas de emprego para estes tipos de cargos aumentaram de forma semelhante – um aumento de 11% globalmente durante o mesmo período.

No Brasil, o interesse em empregos relacionados à IA está crescendo no país. As visualizações e candidaturas para estes empregos aumentaram cerca de 18% e 15%, respetivamente, no Brasil desde dezembro de 2022.

Em escala global, os empregos que mencionam IA ou IA Generativa receberam 17% mais candidaturas nos últimos dois anos do que aqueles que não os mencionam.

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