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Licença-paternidade: quantos dias e quem tem direito em 2024

Saiba mais sobre esse importante direito para os pais e quais as regras associadas a ele

Licença-paternidade: direito essencial que promove o bem-estar da família (Flavia Morlachetti/Getty Images)

Licença-paternidade: direito essencial que promove o bem-estar da família (Flavia Morlachetti/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de julho de 2024 às 16h01.

Última atualização em 2 de julho de 2024 às 16h13.

A licença-paternidade é um direito essencial que promove o bem-estar da família e o desenvolvimento saudável do recém-nascido.

A licença-paternidade oferece inúmeros benefícios, incluindo o fortalecimento dos laços familiares, o apoio à mãe no pós-parto e a promoção de um ambiente de trabalho mais inclusivo e equilibrado.

O que é licença-paternidade?

A licença-paternidade é um direito trabalhista que permite aos pais se ausentarem do trabalho por um período determinado para dedicarem tempo ao recém-nascido e à família.

Esse tempo é essencial para o fortalecimento dos laços familiares, o apoio à mãe no pós-parto e a participação ativa do pai nos cuidados com o bebê.

Para entender o que é licença-paternidade, é fundamental entender que esse benefício visa promover um equilíbrio saudável entre a vida profissional e pessoal, reconhecendo a importância do papel do pai na criação dos filhos e no suporte à família.

No Brasil, a licença-paternidade é garantida pela Constituição Federal e pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), assim como a licença-maternidade, que se estende por 120 dias.

Quais as regras da licença-paternidade na CLT?

A licença-paternidade é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pela Constituição Federal. De acordo com a legislação brasileira, os pais têm direito a 5 dias corridos de licença-paternidade, contados a partir do nascimento do filho.

Esse período determinado pela CLT é remunerado e visa garantir que o pai possa estar presente nos primeiros dias de vida do bebê, oferecendo suporte à mãe e ajudando nos cuidados iniciais.

Para os servidores públicos federais, a licença-paternidade é estendida para 20 dias, conforme estabelecido pelo Decreto nº 8.737/2016. Além disso, empresas participantes do programa Empresa Cidadã podem oferecer uma licença-paternidade estendida de 20 dias para seus funcionários.

Esse programa, instituído pela Lei nº 11.770/2008, visa incentivar as empresas a adotarem práticas mais favoráveis à família, concedendo benefícios fiscais em troca da ampliação da licença-paternidade.

Como funciona a licença-paternidade estendida?

A licença-paternidade estendida é uma ampliação do período de licença-padrão, permitindo que os pais tenham mais tempo para se dedicar ao recém-nascido e à família.

No Brasil, a licença-paternidade estendida pode ser oferecida por empresas participantes do programa Empresa Cidadã, que concede benefícios fiscais para as empresas que adotam essa prática. Com a licença-paternidade estendida, o período de afastamento do pai pode ser ampliado para até 20 dias.

Para usufruir da licença-paternidade estendida, o pai deve atender a alguns requisitos. É necessário que ele participe de um programa ou curso de orientação sobre paternidade responsável, oferecido pelo empregador ou por instituições parceiras.

Além disso, a solicitação da licença-paternidade estendida deve ser feita dentro do prazo estabelecido pela empresa, geralmente logo após o nascimento do filho. Esse programa ajuda a aumentar o bem-estar na vida profissional.

Benefícios da licença-paternidade

Há vários benefícios da licença-paternidade. Esse direito é fundamental para a formação de uma família mais unida, incentivando a divisão equitativa das responsabilidades parentais.

Além disso, a licença-paternidade contribui para o bem-estar emocional e psicológico do pai, da mãe e do recém-nascido, proporcionando um ambiente familiar mais saudável e harmonioso.

Para a família, permite que o pai esteja mais presente nos primeiros dias de vida do bebê, oferecendo um suporte fundamental para a mãe e contribuindo para o desenvolvimento emocional e psicológico da criança.

Para as empresas, adotar a licença-paternidade estendida demonstra um compromisso com o bem-estar dos funcionários, promovendo um ambiente de trabalho mais inclusivo e equilibrado.

Vale lembrar que esse é um direito legal do cidadão, constando na CLT, assim como os direitos associados à demissão.

Como solicitar a licença-paternidade?

Para solicitar a licença-paternidade, o pai deve seguir alguns passos e atender a certos requisitos. O processo pode variar ligeiramente dependendo da empresa e do setor de trabalho, mas, em geral, envolve os seguintes passos:

O pai deve informar ao seu empregador sobre a expectativa do nascimento do filho com antecedência, para que a empresa possa se preparar para sua ausência.

Após o nascimento do bebê, o pai deve apresentar a certidão de nascimento ao departamento de recursos humanos ou ao responsável pela administração de pessoal na empresa. Esse documento é necessário para comprovar o direito à licença-paternidade.

Algumas empresas podem exigir o preenchimento de formulários específicos para o pedido da licença-paternidade. O pai deve verificar com o departamento de recursos humanos quais são os procedimentos e documentos necessários.

Caso o pai deseje usufruir da licença-paternidade estendida oferecida pelo programa Empresa Cidadã, ele deve participar de um programa ou curso de orientação sobre paternidade responsável.

Casos específicos de licença-paternidade

Existem situações específicas que podem influenciar a concessão e a duração da licença-paternidade.

1. Pais solo

Assim como no caso dos pais em famílias tradicionais, o pai solo tem direito a cinco dias de licença-paternidade, podendo ser estendida para 20 dias em empresas participantes do programa Empresa Cidadã.

Além disso, é importante que as empresas reconheçam as necessidades específicas dos pais solo e ofereçam suporte adequado, como horários flexíveis e a possibilidade de home office para facilitar a conciliação entre a vida profissional e as responsabilidades familiares.

2. Casais homoafetivos

Para casais homoafetivos, a licença-paternidade deve ser concedida de maneira igualitária, reconhecendo o direito de ambos os pais de participarem ativamente dos cuidados com o recém-nascido.

No Brasil, a legislação ainda apresenta algumas lacunas no reconhecimento pleno dos direitos de casais homoafetivos, mas é fundamental que as empresas adotem políticas inclusivas que garantam a igualdade de tratamento.

3. Adoção

A licença-paternidade também se aplica em casos de adoção, reconhecendo a necessidade de tempo para que o pai se adapte à nova dinâmica familiar e ofereça o suporte necessário ao filho adotivo.

No caso de adoção, o período de licença-paternidade é o mesmo que para pais biológicos, passando a valer a partir da adoção. Isso garante que o pai possa estar presente nos primeiros dias após a chegada do filho.

Para solicitar a licença-paternidade para adoção, o pai deve apresentar a documentação que comprove a adoção, como certidão de nascimento do filho adotivo ou o termo de guarda provisória.

Você quer saber mais sobre direitos trabalhistas e vida profissional? Então leia nossos artigos abaixo para saber mais.

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