São Paulo – Para se vestir bem no trabalho, não é preciso ter um guarda-roupa repleto de peças diferentes. Essa é a opinião de Milla Mathias, autora de livros como “Quem disse que você não tem nada para se vestir?” (Editora Matrix) e “Guia de estilo para candidatos (e para quem já está no poder)” (Editora Senac). “O guarda-roupa de trabalho tem que ser feito para não perder tempo”, afirma a especialista. Para isso, a regra é seguir uma lógica de uniforme: invista em peças básicas com cores neutras que possam ser coordenadas entre si. Tudo sem perder de vista o dress code ou tipo de roupa de escritório que vigora no ambiente de profissional que você atua. Pensando nisso, EXAME.com pediu à Milla para descrever o guarda-roupa básico de cinco profissões. Confira:
Segundo Milla, 15 camisas, quatro costumes e gravatas (estas sim em grande número) são suficientes para compor o guarda-roupa de um executivo. As cores dos costumes não devem fugir do azul marinho, cinza claro, médio e escuro. “O preto só se estiver em cargo de presidência ou diretoria”, afirma a especialista. No caso de camisas listradas: “Quanto mais social, mais fina a listra e sem contraste”, diz Milla. Para as mulheres, valem vestidos mais estruturados e sem decote – no máximo, com comprimentos quatro dedos acima do joelho. A lista do guarda-roupa pode conter duas saias, duas calças com cores mais neutras, dois blazers e dois terninhos. Além de oito camisas e oito blusas.
Engana-se quem pensa que o jaleco usado pelos médicos (e outros profissionais de saúde) é justificativa para não pensar com mais cuidado nas roupas de trabalho. E isso começa com a escolha dos tecidos que devem ser mais fluídos e “molengo”, como diz Milla. "Nada de peças estruturadas, pregas e babados”, afirma a especialista. Aposte em malhas, algodão sem elastano – “tecidos que caem naturalmente” e, com isso, não causam volume sob o jaleco. As cores devem ser mais neutras. A dica para profissionais de saúde é modelar seu guarda-roupa de acordo com o público que atende. Se o trabalho envolve classes menos abastadas, vale looks mais informais – sob o jaleco. Para outros níveis, valem roupas mais formais. Para os homens, no primeiro caso, a combinação de calças de algodão com corte de alfaiataria, camisas de manga longa ou camiseta gola polo e sapato de couro é uma boa pedida. Para as mulheres, são indicados vestidos, saias e calças de algodão combinadas com blusas mais informais. No segundo caso, calça de lã, camisa social e gravata, para os médicos, e calças alfaiataria, pantalonas e blusas em tecidos mais nobres, para as médicas.
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Trabalhar em ambientes informais garante mais flexibilidade no guarda-roupa, mas isso não deve ser justificativa para ir trabalhar de pijama ou com a roupa da balada da noite anterior. “O ambiente é mais informal, mas ainda assim tem que passar credibilidade”, afirma a especialista. Para os homens, segundo Milla, valem calças de algodão (como jeans e sarja) com um corte de alfaiataria e cor escura. Camisas esportivas de manga longa (que podem ser dobradas nos dias mais quentes), camisa de gola polo e de gola careca são liberadas. Nem pensar em tênis de academia e camisetas de time de futebol. “Cuidado com as estampas engraçadinhas. A brincadeira pode estar mal escrita ou ser ofensiva”, diz. Para as mulheres, saias, calças e vestidos em tecidos mais casuais estão liberadas. “As camisas podem ser mais vivas e descontraídas”, diz. Na lista de itens para limar do guarda-roupa estão decotes, blusas e vestidos tomara que caia ou que deixem o ombro a mostra, saias muito justas ou com fendas, unhas por fazer, transparências e maquiagem muito forte.
O “dress code” varia de acordo com o porte do escritório. Nos de pequeno e médio porte, os advogados podem usar trajes mais informais nos dias que não tiver que ir ao fórum. Nos dias de audiência e outros compromissos mais formais, a regra é apostar em vestimentas mais conservadoras. Nos de grande porte, não dá para fugir do formal. Aos homens, paletó e gravata. Para as mulheres tailleur, terninho, blusa e camisa. Com cores fechadas, sempre.
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“Se ele atua em corretoras, atrás da mesa de operações e não precisa lidar com clientes, pode ir de uma maneira mais informal”, diz Milla. Mas, durante os encontros com clientes, a regra é apostar no costume e na gravata. Por se tratar de um ambiente mais masculino, as mulheres devem escolher roupas e cores mais sérias. “Cuidado com o decote, ombro de fora e cabelo muito esvoaçante”, afirma Milla.
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