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Gráfico da felicidade mostra pico aos 30 e aos 70 anos; entenda

A "curva de felicidade" mostra que a felicidade chega ao pico por volta dos 30 anos, diminui até a meia-idade, e volta a aumentar após os 70 anos

Jovens adultos estão mais infelizes do que pessoas na faixa dos 40-50 anos (SIphotography/iStockphoto)

Jovens adultos estão mais infelizes do que pessoas na faixa dos 40-50 anos (SIphotography/iStockphoto)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 24 de julho de 2024 às 11h13.

Você conhece a curva de felicidade em forma de U? Ela determina que “a felicidade aumenta inicialmente até um pico por volta dos 30 anos e depois diminui até a meia-idade e depois aumenta novamente após os 70 anos”, segundo David Blanchflower, professor de economia no Dartmouth College, à CNBC.

Blanchflower co-escreveu um dos artigos que introduziram o conceito da curva de felicidade em forma de U em 2008. Centenas de estudos desde o início da década de 1970 em muitos países ao redor do mundo mostraram o mesmo padrão.

Pesquisadores têm observado uma grande mudança: mais jovens adultos – com idades entre os 18 e os 25 anos – relatam estar mais infelizes agora do que as pessoas na faixa dos 40 e 50 anos.

O artigo de trabalho mais recente de Blanchflower, em coautoria com Alex Bryson e Xiaowei Xu, mostra uma mudança no padrão, com a felicidade começando baixa na idade adulta jovem e aumentando com a idade.

“Pensávamos que eram os EUA, mas... estamos vendo isso em todos os lugares e é por isso que estamos em pânico”, disse Blanchflower à Scientific American.

Juntamente com outros pesquisadores, Blanchflower analisou dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco Comportamentais dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. O artigo se concentrou em participantes que indicaram ter experimentado “estresse, depressão e problemas emocionais” por 30 dias consecutivos na pesquisa do CDC.

Blanchflower diz que não sabe exatamente por que os jovens adultos parecem estar passando por maior infelicidade, mas observa que movimento começou antes da pandemia de Covid-19.

O único fator potencial que Blanchflower conseguiu identificar foi a prevalência das redes sociais e dos smartphones, citando que a causa da mudança na felicidade dos jovens tinha de ser “algo que começa por volta de 2014 ou algo assim”.

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