Cris Junqueira recomenda devorar este conteúdo para trabalhar no Nubank
Em live da EXAME Academy, a cofundadora do Nubank conta uma das únicas coisas que não consegue ensinar aos funcionários
Luísa Granato
Publicado em 15 de julho de 2020 às 19h32.
Última atualização em 16 de julho de 2020 às 18h21.
Em suas redes sociais, em palestras e na live da EXAME Academy, Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank , não conseque escapar de uma pergunta: como eu faço para trabalhar aí?
Para os profissionais ansiosos por uma fórmula mágica, ela dá um dever de casa: devorem os conteúdos que temos nas redes sociais e no blog da empresa.
Durante conversa com André Portilho, head da EXAME Academy, e Sofia Esteves, presidente do conselho da Cia de Talentos, Junqueira recomenda que as pessoas não peçam por esta dica, pois todo o conteúdo que precisam já é público.
O blog da fintech, o Fala, Nubank, não fala apenas de novos produtos e ensina sobre finanças, mas conta sobre as diferentes áreas, opções de carreira e histórias dos funcionários. O LinkedIn da startup também é um bom começo, segundo ela.
A bronca da executiva fica aí: quer trabalhar em uma empresa inovadora e não se dá o trabalho de ler?
Para ela, essa característica se relaciona muito com a cultura da empresa. Eles sempre buscam pessoas que se identificam com os valores do negócio. E ela compartilha uma frase que sempre diz para seu sócio, David Vélez: “Posso ensinar o que for para a pessoas, mas não posso ensinar a se importar".
Segundo ela, esse traço tem de vir de dentro e ninguém trabalha no Nubank para ficar milionário.
“Claro que as pessoas têm de ser bem remuneradas. Mas você não vai encontrar uma pessoa no Nubank que vai falar: ‘Ah, tive de vir para o Nubank, sabe por quê? Me fizeram uma proposta milionária, aí não teve jeito, não pude recusar’. A gente não faz isso, a gente traz as pessoas que se importam com o que a gente está fazendo aqui”, conta.
Inovação
A inquietação de resolver problemas deve ser parte central de negócios inovadores — e a executiva fala que todos os seus colaboradores compartilham dessa responsabilidade.
Por isso, o Nubank não tem um time de inovação. E Cristina reforça que nunca teve, mesmo que pessoas de fora procurem com frequência o contato desse time. E ela rebate: “Olha só, não tem time aqui que não seja digital. É todo mundo de digital, é todo mundo de inovação. Todo mundo tem de fazer as coisas diferentes, todo mundo tem de estar o dia inteiro, acordando, dormindo, comendo, indo ao banheiro, tomando banho, e pensando em problemas que precisam resolver de um jeito diferente”.
Para ela, inovação é apenas isso: resolver um problema comum de forma diferente. De sua experiência anterior no mercado financeiro, ela tirou o conhecimento para a produção do primeiro produto, o cartão de crédito, desde o contato com fornecedores até quando chega nas mãos do cliente. De resto, ela quis mudar tudo — desde se livrar de faturas no papel até criar um ótimo atendimento.
Enquanto muitos teorizam sobre ideias novas de pagamento usando um anel ou uma roupa, ela defende que não é necessário ir tão longe para causar disrupção em um setor.
“As pessoas acham que inovação é só carro voador. Não é”, comenta ela. “É resolver problemas do dia a dia. Somos brasileiros, da hora de acordar até a hora de dormir, a gente tropeça em problemas o dia inteiro. Vai consertar, escolhe um.”
Confira a conversa completa pelo canal da EXAME.
Confira também o Examinando sobre quais serão as profissões do futuro: