Carreira

Como se comporta o profissional brasileiro, segundo o BCG

Estudo divulgado hoje pelo BCG mostra o que realmente importa para o profissional brasileiro


	Bandeira: "brasileiros almejam recompensas não-financeiras com paixão acima da média”
 (Getty Images)

Bandeira: "brasileiros almejam recompensas não-financeiras com paixão acima da média” (Getty Images)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 17 de março de 2016 às 08h00.

São Paulo - Estudo divulgado pelo Boston Consulting Group hoje mostra o que, de fato, importa para o brasileiro em termos de satisfação e anseios de carreira. A partir das respostas de mais de 11 mil profissionais do Brasil, coletadas em 2014, o BCG aponta que é o reconhecimento o fator de maior importância para a felicidade no trabalho.

A remuneração não aparece nem entre os dez mais citados. E o dado inclui todos os níveis, da base ao topo da pirâmide, indica a pesquisa. "Essa é a verdade de muitos trabalhadores na maioria dos países e regiões do mundo. Os brasileiros, contudo, almejam recompensas não-financeiras com uma paixão acima da média”, diz em comunicado Christian Orglmeister, coautor do relatório e sócio do escritório do BCG em São Paulo.

Confira a tabela com os itens que compõem a satisfação profissional dos brasileiros, em comparação com as respostas mais frequentes na América Latina e no mundo, já que a mesma pergunta foi feita a 203 mil pessoas em 289 países.

Indicadores de felicidade no trabalho Brasil América Latina Mundo
Reconhecimento profissional
Aprendizado e desenvolvimento de carreira
Equilíbrio entre vida pessoal e trabalho
Bom relacionamento com superiores
Bom relacionamento com colegas 10º 12º
Valores da empresa 10º
Estabilidade financeira da empresa
Oportunidade para liderar e assumir responsabilidade 11º
Reputação do empregador 13º 14º
Atividade profissional interessante 10º 12º

Como os brasileiros buscam emprego

De acordo com o BCG, entre os entrevistados no Brasil, 29% dos profissionais empregados estavam procurando emprego ativamente. Entre os autônomos, o índice foi de 40%.

O estudo, no entanto, mostra que quanto maior o nível hierárquico menor a disposição procurar um novo emprego, o que não significa que os executivos não estejam abertos a propostas: 53% dos gerentes sênior que participaram da pesquisa, por exemplo, disseram que analisariam novas oportunidades de trabalho.

E a rede de contatos é fundamental na hora de procurar emprego, segundo identificou a pesquisa. O networking aparece com a mesma importância que sites de empresas e de anúncios de vagas de emprego. Segundo o BCG, os brasileiros sabem aproveitar suas redes de contatos acadêmicos e profissionais na hora de conquistar uma oportunidade profissional

Carreira internacional é mais sonho do que meta

A disposição para trabalhar no exterior é forte entre os brasileiros. Mas, os profissionais pouco fazem para atingir este objetivo. O estudo revela que 61% dos entrevistados fariam carreira internacional.

Entre as vantagens de trabalhar em outro país, os brasileiros citaram mais frequentemente a ampliação do hall de vivências, o ganho de experiência profissional e cultural, o aprendizado de um novo idioma e a possibilidade de melhores oportunidades de carreira.

De acordo com a pesquisa, o desejo pela experiência profissional no exterior é maior entre pessoas com doutorado os gerentes mais experientes. Entre as áreas de trabalho, profissionais de TI, engenharia e ciência são os mais interessados em sair do Brasil para trabalhar.

Mas, poucos são os profissionais levam a cabo o plano de carreira no exterior. Apenas um em cada dez brasileiros disse que já procurou emprego em outros países e somente 1% dos entrevistados deu entrada em pedidos de visto.

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