Lesões lideraram atestados em 2022 (Thinkstock/Thinkstock)
Repórter de Carreira
Publicado em 24 de março de 2023 às 16h07.
Última atualização em 24 de março de 2023 às 16h22.
Dois anos depois do início da pandemia, a covid-19 passou longe de ser a principal causa de afastamento nas empresas em 2022.
Pelo menos é isso que aponta um levantamento da B2P, consultoria especializada no acompanhamento e gestão de funcionários afastados por razões médicas, que faz parte da corretora de seguros It’sSeg Company.
Segundo os dados, no auge da pandemia, em 2020, a doença chegou a ocupar a quarta posição entre as principais causas para ausência no emprego. Em 2021 caiu para a quinta colocação e, no ano passado, ocupou o 16º lugar.
Para chegar a essa conclusão, a consultoria avaliou dados de 364 mil funcionários em 14 empresas brasileiras de diversos setores, considerando os afastamentos superiores a 15 dias em 2022 e 2021.
As lesões, que já apareceram em primeiro lugar na lista de 2021, continuaram liderando os afastamentos no ano passado.
A segunda e a terceira posições da lista também se repetem em relação ao ano anterior: doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (incluindo tendinites e dores musculares em diversas regiões, como a lombar) e transtornos mentais e comportamentais, respectivamente.
De acordo com Marlene Capel, diretora da B2P, a queda no número de afastamento é causada, obviamente, pelo aumento da cobertura vacinal contra a covid-19.
"O que vemos agora é uma lista mais próxima daquela que estávamos mais acostumados a ver antes da pandemia, como lesões e transtornos entre as maiores causas de afastamento”, afirma a executiva.