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Setor da cerveja: o parceiro da retomada da economia brasileira

O consumo de cerveja é frequente em qualquer tipo de ocasiões especiais, seja em casamentos ou um jogo do seu time

Indústria da cerveja mundial gerou 23,2 milhões de empregos, diz estudo da Oxford Economics (Anne-Marie Caruso/NorthJersey.com/USA Today/Reuters)
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Publicado em 4 de abril de 2023 às 15h00.

Última atualização em 7 de abril de 2023 às 17h22.

A cerveja é a bebida que une as pessoas em todo o mundo. Está no centro das principais celebrações e seu consumo é bastante variado: em festas, happy hours, encontros, churrasco e em grandes eventos. Seja para socializar, relaxar, gerar renda e empregos, movimentar o agronegócio, apoiar o empreendedorismo e a reciclagem, a cerveja faz parte da vida dos consumidores e é um excelente indicador do desenvolvimento sociocultural. E por ser tão relevante, gostaria de propor um brinde e ressaltar a forma como a cerveja apoia as economias no Brasil e em todo o mundo.

Recente estudo realizado pela Oxford Economics para a Worldwide Brewing Alliance (WBA), associação que representa aproximadamente 90% da produção mundial, avaliou o impacto econômico global do setor cervejeiro e a contribuição para Produto Interno Bruto (PIB), empregos e impostos. Em 2019, ainda sem o reflexo da crise sanitária em 2020, a cerveja apoiou US$ 555 bilhões em PIB, uma média de 0,8% do PIB por país. A indústria também gerou mais de 23 milhões de empregos e US$ 262 bilhões em receitas fiscais para os governos.

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No levantamento, a indústria da cerveja mundial foi a responsável pela geração de US$ 262 bilhões de tributos e 23,2 milhões de empregos (1 em cada 110 empregos diretos e indiretos no mundo) nos 70 países estudados, entre eles, o Brasil.[Quebra da Disposição de Texto]

A geração de empregos diretos, indiretos e induzidos pelo nosso setor atingiu mais de 2 milhões de vagas em 2019. Isso foi equivalente a 2,1% do emprego nacional ou 98% dos empregos de Fortaleza, no Ceará.

De fato, por aqui o setor cervejeiro é um multiplicador de postos de trabalho. Segundo estudo realizado em 2019 pela Fundação Getúlio Vargas para o SINDICERV, a cada emprego em uma cervejaria, outros 34 novos postos de trabalho são criados na cadeia produtiva, o que gera uma massa salarial de R$ 27 bilhões.

Isso sem contar que o setor da cerveja movimenta uma extensa cadeia de valor, composta pelas indústrias dos insumos e da distribuição. Está conectada com outros setores econômicos, como o agronegócio, transporte, energia, veículos, alumínio e vidro, entre outros, e que gera R$ 49,6 bilhões de reais por ano em arrecadação de impostos.

A cadeia produtiva representa 2% do Produto Interno Bruto do país, o que nos coloca no ranking de terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com uma produção de 15.4 bilhões de litros em 2022, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

O impacto é tão grande que o setor global de cerveja contribuiu com US$ 28,7 bilhões do valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo, para o PIB do Brasil em 2019. Isso foi equivalente a 97% da economia de Porto Alegre.

Mesmo em um período tão desafiador para a indústria e economia, com as restrições impostas pela pandemia da covid-19, o mercado demonstrou evolução e foi considerado um dos setores mais importantes para garantir a retomada da economia brasileira.

O setor vem experimentando crescimentos constantes nos últimos quatro anos. Em 2022, o volume de vendas teve incremento em 8%, em comparação com 2021.

Mesmo diante do cenário macroeconômico desfavorável nos últimos anos, o setor cervejeiro nacional conseguiu expandir suas atividades. É o que revelou o último Anuário da Cerveja, publicação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em que o Brasil tem 1.549 cervejarias registradas, um crescimento de 28% em relação a 2019, quando havia 1.209 cervejarias.

Além de impulsionar a economia, a indústria também exerce um importante papel social, que o Brasil necessita para construir bases sólidas para o desenvolvimento sustentável.

No entanto, reconhecemos que o crescimento do setor deve estar sempre associado ao compromisso de garantir que os nossos produtos sejam comercializados e consumidos de forma responsável. Por isso, seguimos ampliando os investimentos em inovação e apresentando ao consumidor uma gama de opções para quem busca consumir os nossos produtos em ocasiões tradicionais em que não se deve e não se pode consumir álcool, caso da categoria da cerveja zero que teve um crescimento de 37% de 2021 para 2022.

Temos orgulho em pertencer a um setor que oferece tanto para milhares de pessoas. E acreditamos que podemos contribuir ainda mais para o desenvolvimento econômico e social do nosso país e que a cerveja continue sendo essa parceirado crescimento do Brasil neste e nos próximos anos.

*Márcio Maciel é presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv)

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