(Drazen Zigic/Getty Images)
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Publicado em 22 de outubro de 2024 às 10h00.
Última atualização em 22 de outubro de 2024 às 16h27.
Por Sara Hughes*
Neste mês celebramos o Dia dos Professores, agentes transformadores essenciais em nossa jornada de aprendizado. Os professores conhecem bem seus alunos para motivá-los, engajá-los e acreditar em sua capacidade de aprender e fazer a diferença em um mundo cada vez mais desafiador.
Como disse John Dewey, filósofo e pedagogo americano: “A educação não é preparação para a vida: a educação é a própria vida.” Essa citação enfatiza a visão integrada da educação como parte contínua da experiência de vida, não apenas um estágio preparatório.
O pensamento crítico faz parte das 10 competências estabelecidas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que o Ministério da Educação (MEC) acredita ser essencial para a formação de um cidadão.
Se a vida é uma experiência de aprendizado, os professores também precisam aprender. Assim, eles se tornam modelos para aqueles que desejam ser curiosos ao longo da vida.
Em um mundo dinâmico e tecnológico, como será a adaptação dos professores às mudanças constantes? Como podemos apoiá-los, junto aos gestores escolares, nessa transformação fundamental para o futuro?
Essas perguntas são cruciais e a sociedade, incluindo empresas, que precisam pensar em como apoiar essas mudanças significativas para ajudar empresas a desenvolver habilidades.
Dificilmente encontraremos candidatos prontos, pois precisamos oferecer jornadas de aprendizado que agreguem conhecimento efetivo e prático. Segundo o Future of Jobs Report, cerca de 94% dos líderes empresariais esperam que seus funcionários adquiram novas habilidades até 2025.
No mundo corporativo, há uma crescente preocupação com a saúde mental dos colaboradores e a criação de ambientes mais acolhedores. Esses espaços devem permitir que as pessoas se sintam bem sendo elas mesmas, aprendendo, experimentando e questionando.
E nas escolas? O que podemos fazer para ajudar os professores a criar ambientes igualmente acolhedores que beneficiem os alunos? As escolas estão se preparando para "saber aprender", gostar de aprender e entender o mundo para resolver problemas complexos?
A experiência escolar é uma oportunidade para aprender sobre coletividade e convivência em sociedade. Brincar e criar com outros amplia a compreensão do papel de cada um no mundo. A transformação digital, presente em todos os ambientes, exige novas aprendizagens e apoios adequados.
O lifelong learning (aprendizagem contínua) acontece quando sentimos a necessidade de mudar e adaptar nossos conhecimentos.
Um levantamento feito pelo Pew Research Center mostrou que cerca de 73% dos americanos se consideram lifelong learners, indicando uma forte adesão ao conceito em países desenvolvidos.
Acredito que devemos ter um olhar especial para os professores, garantindo que eles se sintam acolhidos. Esses profissionais enfrentam uma grande pressão, o que pode gerar receio em criar metodologias e experimentar abordagens diferentes em sua rotina de trabalho.
A cobrança sobre os educadores é intensa e é essencial que as escolas proporcionem um ambiente saudável, que favoreça o desempenho de suas funções.
E na escola, o que promove a mudança? Os pais estão atentos às novas necessidades e apoiando tendências ou se habituaram aos métodos tradicionais? Os diretores e gestores estão abertos ao novo e disposto a implementar mudanças inovadoras?
O ambiente escolar pode ser um espaço de criatividade e exploração, onde não há uma única resposta correta. O mundo atual valoriza e celebra novas competências para um contexto dinâmico e tecnológico.
Com a ascensão da Inteligência Artificial, quais habilidades nossos alunos precisarão desenvolver para se destacarem?
As escolas devem se reinventar, refletindo sobre como ensinar e como envolver os alunos, investindo tempo para que eles sejam protagonistas de sua aprendizagem e desenvolvam habilidades socioemocionais e pensamento crítico. Isso requer metodologias ativas, diálogos e projetos que incentivem a criatividade.
A tecnologia deve ser utilizada não apenas como ferramenta, mas como um meio para ampliar processos cognitivos e promover maior curiosidade.
Para que isso aconteça, é fundamental construir um ambiente que seja possível e desejável, onde todos possam explorar suas potencialidades. Embora a tecnologia seja parte dessa jornada, os fundamentos para a exploração são mais básicos e exigem reflexões contínuas e um compromisso coletivo.
*Sara Hughes é CEO e fundadora da Scaffold Education.
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