Afrebras acusa Zona Franca de ter se tornado em “fábrica de créditos de impostos” (SUFRAMA/Reprodução)
Bússola
Publicado em 25 de setembro de 2021 às 14h00.
Manifesto lançado pela Associação de Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras) no dia 7 de setembro conseguiu unir políticos de todos os campos do Amazonas em defesa da Zona Franca de Manaus. A entidade, que representa pequenas e médias indústrias de refrigerantes, acusa a Zona Franca de ter se transformado em uma “fábrica de créditos de impostos” e impedir o avanço do setor em todo o país por conta dessas “injustiças tributárias”.
A reação amazonense foi imediata. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) considerou o texto desrespeitoso e carregado de preconceito contra a Zona Franca. Vice-presidente da Câmara, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), salientou que a Zona Franca é uma fábrica de recolhimento de ICMS, gera mais de cem mil empregos diretos e 500 mil indiretos e permite que o Amazonas seja um dos poucos estados brasileiros em equilíbrio fiscal. As indústrias representadas pela Afrebras somam 19 mil empregos diretos, segundo informa seu site oficial.
A Afrebras combate os incentivos fiscais que beneficiam as fabricantes de refrigerantes e bebidas instaladas na Zona Franca de Manaus. Já tentou impedir a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados e já sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) até o corte dos benefícios fiscais às indústrias de concentrados para refrigerantes instaladas na Zona Franca para compensar o reajuste no preço da gasolina e do diesel.
Presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Zona Franca da Assembleia Legislativa do Amazonas, o deputado Wilker Barreto (Sem Partido), divulgou carta aberta para rebater o manifesto da entidade. Lembra que as fabricantes instaladas na região fornecem 90% do concentrado vendido às pequenas, médias e grandes indústrias de refrigerantes e a Zona Franca faturou R$ 120 milhões no ano passado, equivalente a 50% do ICMS arrecadado no estado.
Na mesma direção, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), que foi prefeito de Manaus entre 2005 e 2009, tachou o manifesto da entidade de “intempestivo e despropositado”.
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