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Mercado de celulares fecha segundo trimestre de 2022 com alta de 3,1%

Estudo do IDC mostra que de abril a junho deste ano foram vendidos 11,3 milhões de aparelhos, cerca de 345 mil a mais que no ano passado

Mercado de aparelhos mais simples ainda tem fôlego, mostra estudo (Motorola/Divulgação)

Mercado de aparelhos mais simples ainda tem fôlego, mostra estudo (Motorola/Divulgação)

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Publicado em 29 de setembro de 2022 às 16h30.

Última atualização em 29 de setembro de 2022 às 16h39.

No segundo trimestre de 2022, o mercado de celulares no Brasil registrou alta de 3,1%, quando foram vendidos 11,3 milhões de aparelhos, cerca de 345 mil a mais do que no mesmo período do ano anterior. Em termos de receita, os meses de abril, maio e junho deste ano somaram cerca de R$ 17 bilhões, 14,1% mais do que no mesmo período de 2021, e contribuíram para um resultado total do semestre de R$ 36,7 bilhões, alta de 16,8% frente aos seis primeiros meses de 2021. Os dados são parte do estudo IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q2/2022, da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de tecnologia da informação e telecomunicações.

O estudo mostrou ainda que, mesmo em queda, o mercado de aparelhos mais simples e com menos recursos ainda tem fôlego. Dos 11.379.327 aparelhos vendidos entre abril e junho de 2022, 10.873.792 foram smartphones e 505.535 feature phones, 4% mais e 12,9% menos do que no segundo trimestre de 2021, respectivamente. “O volume de vendas de feature phones é bem menor, mas continua tendo espaço principalmente fora dos grandes centros urbanos, atendendo um público que utiliza o aparelho mais como telefone e não tanto como dispositivo de alta tecnologia ou de acesso à internet”, afirma Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria de consumer devices da IDC Brasil.

No segundo trimestre de 2022, um alento foi o movimento do mercado cinza, que caiu 47% em relação ao mesmo período do ano passado, e 30% em relação ao primeiro trimestre deste ano, resultado, entre outros motivos, de iniciativas como a da IDC Brasil que, em conjunto com a Abinee, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos Contra a Propriedade Intelectual (CNCP) e fabricantes da categoria,  tem jogado luz sobre o tema com estudos e apresentações direcionadas a combater a venda de produtos que não passaram por todo o processo de importação legal ou de produção local no país. “Apesar da queda, o mercado cinza ainda é grande e segue sendo uma competição desleal para aqueles que empregam e pagam impostos”, diz Sakis.

Ainda no segundo trimestre, os produtos na faixa de preço entre R$ 1,5 mil e R$ 1.799 foram os mais vendidos, representando 32% do volume total de vendas de smartphones. “É nesta faixa que se encontra uma grande quantidade de modelos, e o montante, à vista ou parcelado, ainda cabe no bolso do brasileiro”, declara Sakis.

O gerente de pesquisa da IDC Brasil informa, ainda, que no segundo trimestre de 2022, o preço médio dos aparelhos foi de R$ 1.878, sendo 11% menor do que no primeiro trimestre do ano, consequência da oferta de um mix com mais produtos de preço baixo, e 10% maior do que no segundo trimestre do ano passado, reflexo do incremento de chips e seu custo, do frete mais caro e da desvalorização do real.

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