Hóspedes podem compensar pegadas de carbono emitidas em resort
Uso do ar condicionado (gases refrigerantes), alimentação (glp), uso de água aquecida (fornalha) e eletricidade são as atividades que mais emitem CO2 na hotelaria
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Publicado em 10 de março de 2023 às 17h00.
Por Bússola
Já pensou em se hospedar em um resort e poder ajudar no combate ao aquecimento global? Isso já é possível para quem se hospeda em qualquer uma das unidades do Grupo Tauá Hotéis em São Paulo, Minas Gerais ou Goiás. E custa barato. Com cerca de R$ 20 reais, em média, é possível compensar todo o CO2 gerado em uma estadia de 2 a 3 dias com média de 3 pessoas no quarto. O cálculo estima as emissões de carbono por pessoa, considerando o número de diárias, e observando que todas as áreas e utilidades do hotel estão disponíveis para todos os hóspedes, independente da utilização.
O hóspede também tem a opção de contribuir com qualquer valor para compensar a emissão do gás por meio de aquisição de créditos de carbono gerados por projetos registrados na ONU. E, se o hóspede não o fizer, a rede de resorts o fará, em cumprimento a sua missão de ser carbono neutro. A iniciativa de descarbonização do Grupo se dá em parceria com a Econom Soluções Ambientais – a única consultoria ambiental Brasileira reconhecida como um dos recursos da ONU.
Como funciona
Depois do check-out, os clientes recebem, por e-mail, suas pegadas de carbono geradas durante a estadia e são sensibilizados e convidados a comprar créditos de carbono em compensação à emissão de gases do efeito estufa que ocorre pelo uso de eletricidade, pela lavagem de toalhas e lençóis, preparo de alimentos e outros. Se uma hospedagem, por exemplo, emitiu 10,80 KG de CO2, o valor para compensar essa quantidade de gás emitido custa R$ 1,80 reais. A calculadora de emissão de carbono é validada pela ABNT.
O processo para o cálculo e compensação é rápido e fácil. A calculadora faz a medição das emissões utilizando como base a quantidade de hóspedes e o número de diárias da hospedagem. Em seguida, o cliente pode optar por comprar toda – ou não - quantidade de crédito de carbono que neutralize o volume de gases poluentes gerado em sua estadia. A partir da confirmação do pagamento, o hóspede recebe um certificado comprovando a contribuição para a neutralização do poluente.
“Como participantes do Pacto Global da ONU, em 2022, assumimos voluntariamente o compromisso de sermos carbono neutro até 2023. Conseguimos antecipar a meta e nos tornamos a primeira rede brasileira de hotéis e resorts carbono zero. É fundamental sensibilizarmos os nossos hóspedes quanto à importância da redução e da compensação de carbono. Com esta iniciativa, conseguimos trabalhar com a atividade hoteleira de forma mais sustentável e a sociedade tem a possibilidade de atuar em conjunto conosco pelo combate às mudanças climáticas e a preservação do meio ambiente”, diz a gerente de ESG da rede, Ísis Batista.
Em janeiro de 2023, 100% das suas emissões foram compensadas, o equivalente à 630 toneladas de CO2. Já em fevereiro, a rede hoteleira neutralizou 572 toneladas de gás carbono. O grupo Tauá monitora sua pegada de carbono desde 2021 e está atuando em ações para redução das emissões poluentes por meio de projetos de ecoeficiência e compensação, visando manter a neutralidade. O próximo passo é implantar tecnologias nas unidades hoteleiras que reduzam as emissões.
Sustentável para além da compensação de carbono
A rede já adotou uma série de ações que ajudam a minimizar os gastos, recursos e resíduos. Para aumentar a ecoeficiência dos hotéis, a energia, por exemplo, vem de fontes limpas e renováveis, como a solar. Sensores de iluminação e lâmpadas de LED foram instalados, e a gordura carbonizada passou a ser tratada, salvando recursos, mão de obra, tempo e água, e aumentando a vida útil dos equipamentos e utensílios. A gestão de resíduos passa por coleta, armazenamento, transporte, tratamento, destinação e disposição final ambientalmente adequada.
Além disso, os hotéis contam com estações de tratamento de água. Peças instaladas nos chuveiros, torneiras e vasos sanitários ainda têm a função de controlar a vazão de saída de água. Já o rejeito do ar condicionado, que fornece água quente, economiza energia e minimiza emissões de CO2.
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