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Fã de massagens? Produtos de autocuidado cresceram em busca, mas versões piratas também

Produtos que prometem alívio milagroso de dores são comercializados sem certificação do Inmetro ou da Anvisa

84% dos brasileiros querem ter uma rotina de autocuidado (Freepik/Reprodução)

84% dos brasileiros querem ter uma rotina de autocuidado (Freepik/Reprodução)

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Publicado em 10 de outubro de 2023 às 17h20.

Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 18h04.

Uma pesquisa do Ibope, encomendada pela Bayer, revelou que 84% dos brasileiros buscam ter uma rotina de autocuidado. Essa, envolve exercícios físicos, boa alimentação, cuidado com a saúde mental, ações que proporcionam lazer e principalmente relaxamento. Apesar de apenas um terço da população ter sucesso na adoção da prática, a procura por produtos relacionados já pode ser observada pelo mercado. Em resposta, a pirataria também aumentou e, segundo dados de 2022 do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), já gerou prejuízo de R$ 410 bilhões para o país.

A soma das perdas registradas por 14 setores industriais chega a R$ 280,8 bilhões e cerca de R$ 129,2 bilhões de impostos deixaram de ser arrecadados. Além das perdas, um dos principais problemas gerados por esse mercado paralelo é o risco no uso de produtos sem certificação. Muitas destas mercadorias podem ser encontradas à venda em marketplaces estrangeiros. Evitando a tributação e muitas vezes escapando das normas brasileiras de qualidade, esses produtos são comercializados de maneira irregular, pois não possuem os certificados que garantem a segurança do consumidor.

"A busca por produtos que auxiliam no alívio de dores musculares causadas por tensão tornou-se mais acessível com o aumento do acesso à internet e, consequentemente, ao e-commerce. No entanto, junto com as opções legítimas, também surgem inúmeras promessas de soluções instantâneas que podem agravar problemas", afirma Renato Carvalho, CEO da Relaxmedic, empresa especializada em produtos de saúde e bem-estar.

O empresário detalhou algumas informações essenciais para ajudar a selecionar produtos de autocuidado sem cair em ciladas:

Certificação Anvisa e Inmetro

Produtos como Eletroestimuladores ou itens com infravermelho, por exemplo, precisam ter certificados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). A ausência desses certificados pode ser um indício de que o produto não atende aos padrões de segurança e qualidade necessários.

Desconfie de promessas milagrosas

É preciso lembrar que não existem soluções milagrosas para o alívio da dor. Se um produto promete redução de dor ou a cura de condições dolorosas de forma rápida e sem esforço, isso deve acender um alerta. Fabricantes precisam basear suas alegações em evidências científicas.

Busque por testes e comprovações

Antes de adquirir qualquer produto, pesquise se ele foi submetido a testes clínicos ou possui comprovações científicas que possam respaldar suas alegações. Testemunhos individuais não são suficientes. Verifique se o fabricante, na descrição do produto, cita testes clínicos e outras comprovações científicas.

Para Renato, essas ações simples preservam, também, o bolso. “Ao ter atenção a esses pontos, o consumidor estará melhor preparado para tomar decisões informadas em sua busca por alívio da dor”, ele afirma.

A Relaxmedic observou, em levantamento interno, um crescimento de mais de 60% nas buscas por massageadores no último ano. Para aproveitar esse movimento – captando as vendas que de outra forma seriam realizadas pelo mercado ilegal – a empresa investe na obtenção das licenças necessárias, o que pode aumentar a qualidade dos produtos oferecidos e gerar diferencial. Da mesma forma, o investimento em capacidade profissional e inovação podem contribuir com o objetivo de atender a demanda.

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