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ESG: confira dois exemplos de empresas que lideram descarbonização do setor marítimo

Entenda como duas das maiores empresas no setor estão contribuindo para a meta de redução de 70% nas emissões de GEEs, estabelecida pela Organização Marítima Internacional (IMO)

 (Gonzalo Azumendi/Getty Images)

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Publicado em 1 de outubro de 2024 às 15h00.

Por determinação da Organização Marítima Internacional (IMO), a meta de redução de emissão de gases de efeito estufa (GEEs) deve ser de 70% até 2050.

  • Atualmente, o transporte marítimo é responsável por 3% das emissões globais de GEEs.

Diferentes empresas do setor naval estão trabalhando em alternativas sustentáveis e soluções que podem garantir a conquista. 

No caso da Trafigura, uma das iniciativas mais recentes foi a realização da pesquisa que indica que mais de 200 mil barris diários de fuelóleo poderão ser consumidos por petroleiros devido a desvios na rota para o Cabo da Boa Esperança.

Quais as soluções encontradas pela Trafigura?

Percebendo a urgência, a empresa já tomou iniciativa com as seguintes ações:

  • Encomenda de quatro navios de transporte de gás que operarão com amoníaco de baixo teor de carbono 
  • Adoção de ferramenta da RightShip pelo Porto Sudeste, permitindo a mensuração das emissões de GEE do escopo 3
  • O Porto Sudeste se comprometeu a reduzir em 50,4% as emissões de GEE dos escopos 1 e 2 até 2033, em comparação aos níveis de 2021.

“Com a parceria com a RightShip, podemos obter dados precisos e percepções valiosas para medir as emissões das embarcações no porto e criar estratégias eficazes para reduzir nossa pegada ambiental”, diz Ulisses Oliveira, Diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade na Porto Sudeste.

Outra importante alternativa para a descarbonização do setor é o gás natural

O relatório LNG Outlook 2024 aponta que o GNL é uma das principais alternativas aos combustíveis convencionais, com uma expectativa de aumento de 114% na quantidade de navios movidos a esse tipo de energia. 

A Macaw Energies, com suas soluções de baixo carbono, transforma gases que seriam queimados durante a extração de petróleo em GNL, utilizando a tecnologia F2X para capturar metano e convertê-lo em LiquidFlare.

Filipe Bonaldo, sócio-diretor da A&M Infra, acredita que o caminho para a descarbonização está no uso dos biocombustíveis. 

“A descarbonização dos transportes é uma rota sem volta. O setor marítimo, assim como o de aviação e transporte terrestre, necessita de soluções para reduzir suas emissões. No Brasil, temos uma alta capacidade de produção de biocombustíveis e biodiesel, que ainda são subutilizados em relação ao seu potencial. No curto prazo, os biocombustíveis se mostram como a alternativa mais viável”, conclui Bonaldo. 

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