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Educação financeira como pilar para a independência feminina

Mulheres mais instruídas nessas questões se tornam mais seguras nas tomadas de decisões e deixam de ocupar posições vulneráveis e de resignação

educação-financeira (JGI/Jamie Grill/Getty Images)

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Publicado em 9 de março de 2022 às 19h30.

Por Cecília Lopes*

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estimula o progresso econômico e o comércio mundial, mostra que homens e mulheres operam a vida financeira de formas diferentes. E obviamente isso não se dá por questões biológicas, mas sim históricas.

Em algum momento da vida, todas nós passaremos por situações onde teremos que lidar com palavras como financiamento, crédito, poupança e outros investimentos. Desta forma, consolidar a educação financeira feminina não é apenas um avanço didático: mulheres mais instruídas nessas questões se tornam mais seguras nas tomadas de decisões, têm mais entendimento dos seus objetivos e deixam de ocupar posições vulneráveis e de resignação.

Para se ter uma ideia, uma pesquisa promovida pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (RME), mostra que 34% do público feminino já sofreu algum tipo de agressão em relações conjugais. Ainda segundo o estudo, 48% delas conseguiram sair desses relacionamentos ao virarem empreendedoras. Ou seja, a estabilidade financeira nos permite dar um basta em situações que não nos agradam mais.

O fato das mulheres ainda serem, em sua maioria, responsáveis pelas tarefas domésticas no Brasil, gastando em média 24 horas por semana nos cuidados com a casa e com os filhos — enquanto os homens dedicam cerca de quatro horas às mesmas tarefas —, também implica na falta de tempo para estudos, especializações e planejamento da vida financeira. Além disso, embora já seja um tema muito falado, ainda existe o contrassenso dos salários: o gênero feminino ganha 28% a menos em cargos iguais ao do público masculino.

Como as empresas de educação financeira têm mudado esse cenário?

Quando falamos de educação financeira feminina, geração de renda e independência, dizemos  também de melhoria social e de reinvestimento econômico coletivo. Por isso, as companhias, no geral, tendem a evoluir cada vez mais em questões voltadas para o suporte e orientação financeira das mulheres.

Mas existe um segmento de maior impacto: as empresas de educação financeira. Fornecer conteúdos gratuitos, acessíveis e de fácil compreensão tem sido um grande aliado, pois traz segurança psicológica, aumento na qualidade de vida e diminui conflitos familiares, ajudando  mulheres a diminuírem os níveis de estresse e ansiedade, bem como iniciarem seus investimentos a longo prazo, a fim de tirarem os planos do papel.

O meu desejo é que cada vez mais mulheres e meninas tenham acesso à educação financeira para se tornarem independentes e livres. Ainda há um longo caminho pela frente, mas nós estamos contentes de transformar a realidade financeira de milhares de brasileiras.

*Cecília Lopes é gestora de Marketing da Pilla, fintech que trabalha em conjunto com o time de recursos humanos das empresas para melhorar a vida financeira dos colaboradores.

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